segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Exposição "Trio Elétrico, As Cores da Alegria"




Como poetiza a música de Caetano Veloso ... "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu ..."  Ângela Cristina Filgueiras de Matos, assina Ângela Filgueiras de Matos foi não só atrás do trio elétrico como através de suas lentes sensíveis enxergou e registrou as cores e a alegria que emanam desse objeto gigante e indescritível que, vaidoso, expõe seus mistérios e beleza ao longo das idas e vindas, das subidas e descidas das ruas e avenidas dessa energizante capital do eterno carnaval - Salvador, na Bahia.

Mas qual foi seu passo inicial? eternizar o instante e verbalizar através de imagens o momento mágico, a percepção única que só o artista sabe ver, só o mago das lentes consegue absorver a lentidão dos movimentos de um quase monumento histórico e cultural.

E os efeitos expressivos podemos apreciar num belo e sensível ensaio fotográfico individual o TRIO ELÉTRICO, AS CORES DA ALEGRIA no qual aproveita os momentos de descanso dos Trios para nos mostrar a arte que eles carregam e que passa despercebida pela multidão que canta e dança em torno "dessa galeria ambulante, um grande camaleão que some e aparece na multidão que o cerca", como disse Marcelo Reis, seu mestre na arte de educar o olhar, já que o tom da poesia da lente faz parte do universo de Ângela.

O Museu Geológico da Bahia - MGB, situado no Corredor da Vitória, teve a honra de receber os interessantes registros de Angela Filgueiras de Matos, graduada em Administração de Empresas e Economia e tem como hobby a fotografia.

Vale ressaltar que as experiências de Ângela vem sendo desenvolvidas através de eventos e segundo ela, "... gosto mesmo é de fotografar livremente, o que atrai o meu olhar..."   

1- Como surgiu a paixão pela fotografia?

De forma natural. Aos poucos a gente percebe que admira e gosta mais de determinada coisa que a maioria das pessoas que estão a nossa volta. A admiração e a contemplação é mais intensa. Observar as imagens, apreciá-las, visitar exposições e ler sobre o assunto são atividades prazerosas e enriquecedoras.

Vive-se um ciclo de desenvolvimento gradual aberto: você admira as fotos que vê, compra uma máquina, deseja e faz um curso e passa a fotografar observando e aprendendo sempre.


2- Existe algum tema de seu interesse?

Fotografar é uma grande janela aberta, através dela um universo a fotografar. Disponho de muitas fotos sobre diferentes temas. Estou definindo o novo tema a apresentar em 2013.

Desde 2003 o assunto trio elétrico está em evidência. Os trios são coloridos e estampados com arte e isso me atrai bastante. Essas máquinas de som unem tecnologia e arte.


3- O que a motivou a fazer essa exposição sobre o Trio Elétrico?

Chamar a atenção para os trios propriamente ditos. No carnaval a atenção do povo fica mais voltada para os cantores e para a banda. Neste ensaio, o trio é o elemento principal.


4- Quanto tempo você trabalhou para a exposição?

Os registros fotográficos foram realizados em Salvador, Bahia, no trecho Barra/Ondina - Circuito Dodô, nos Carnavais de 2003 a 2005 e 2007. Com o passar do tempo observa-se que os trios se renovam, modernizam-se, ganham sofisticação e novos espaços, mantendo a imponência e a criatividade.  



5- Existe outro trabalho em seus planos futuros?

Dois projetos. O primeiro é em 2013 uma exposição atualizada sobre os trios, incluindo fotos de carnavais mais recentes. Também faz parte deste projeto, levar esta exposição para outros Estados pois houve boa receptividade daqueles que não são da Bahia e que deixaram comentários incentivadores. O segundo projeto e uma nova exposição, para esta, ainda não escolhi a temática. Estou examinando o material e quero aos poucos compartilhar as fotos que fiz com aqueles que gostam de apreciar fotografias. 



O soprodeideiasnoar aplaude o belo ensaio fotográfico registrado através de um olhar poético a magia que exala dos poderosos trios elétricos.


Foto: Ângela Filgueiras


2 comentários:

  1. Parabéns, amiga. Estive na abertura de seu evento como amiga e convidada. Elogiar seu trabalho é redundante. Achei tudo muito arte. O seu olhar pelo o objeto fotografado reflete poesia e música. E a luz das suas lentes amplia o reflexo do brilho da sua alma.
    Beijos.
    Maria Iloanda

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  2. Ângela,

    com certeza você deve ter posto sua alma nessas fotos, sei que jamais faria um trabalho desse se não colocasse o que de melhor um ser tem que é a expressão da sua alma. Seja sempre essa mulher guerreira que tem a coragem de ousar e fazer o melhor. Parabéns amiga, tudo de bom!

    Bjs

    Solange Meinking

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