sábado, 17 de setembro de 2011

FILME Vejo Você no Próximo Verão / Jack Goes Boating





Uma comédia de cunho levemente dramática, envolvendo a história simultânea e paralela de dois casais de amigos com características e momentos bem diferentes. Jack (Phillip Seymour Hoffman) é um cara maduro, tímido, simples, tranquilo, desajeitado com a vida pessoal e os relacionamentos amorosos, homem solitário de poucas palavras e amigos que não se importa muito com a aparência física e trabalha como motorista de uma locadora de limusines de um tio e também seu patrão.Vem buscando se acertar tanto em um novo trabalho como na vida amorosa. 
O seu amigo Clyde (John Ortiz) e a esposa Lucy (Daphne Rubin-Vega) sensível as dificuldades de Jack resolvem oferecer um jantar para apresentá-lo a uma nova amiga que é Connie (Amy Ryan) uma mulher sensível que está passando por problemas emocionais e vem atravessando uma fase difícil, mas ao conhecer Jack, percebe nele  a pessoa certa para iniciar um relacionamento e tentar refazer a sua vida amorosa.
Começam então um romance de forma amigável, com pequenos avanços, respeitando as particularidades e dificuldades de cada um. A simpatia e o respeito mútuo vão crescendo progressivamente, formando entre eles um elo de confiança e amizade.
Mas, nem tudo são flores, enquanto o casal avança, eles percebem que o relacionamento dos amigos está entrando em crise de forma irreversível.
É uma narrativa aparentemente simples, mas aborda assuntos delicados como a convivência a dois e a relação das pessoas com elas mesmas, as dificuldades de autoaceitação, os traumas e possivelmente as melhoras dessas questões.
O interessante nessa comédia é que a medida que as cenas avançam, vemos a busca do protagonista Jack pela transformação e consequente crescimento como pessoa, percebemos a busca por estímulos em diversas áreas para se tornar mais feliz e para agradar a nova namorada.
A novidade é a estréia de Hoffman como diretor. EUA / 2010.  Bem legal.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Conversando com a história ... Um certo Charlie Chaplin - Gênio da Arte










Falando em história, impossível discorrer sem lembrar desse ícone que vale a pena ser revisitado e recordado. Nascido Charles Spencer Chaplin (1889-1977) fez caminho como ator, diretor, produtor, comediante, dançarino, roteirista e músico com o mesmo sucesso. Artista completo. Dotado de uma inteligência acima da média, afinal, inteligência nunca sai de moda, sobressaiu em diversas áreas, inclusive foi um exímio jogador de xadrez. Aprendeu a arte de cantar com seus pais e trouxe o dom das comédias e do riso para aliviar as dores, espantava as tristezas e espalhava alegrias. De personalidade criativa e habilidosa é considerado uma referência do cinema, fazia rir e chorar, seu talento é visto e revisto em todo o mundo.

Só para relembrar e refrescar a memória, iniciou sua carreira como mímico e na era do cinema mudo foi notabilizado como um dos atores mais famosos e reverenciado pelo uso da mímica e da comédia estilo pastelão. Atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes. Sua carreira durou mais de 75 anos. Seu mais famoso personagem foi The Tramp ou Carlitos ou O Vagabundo, oprimido e engraçado, denunciava as injustiças sociais de forma inteligente. Foi o mais famoso ator no início da era Hollywoodiana. Destacava-se em tudo.

Na sequência, nos avanços dos filmes sonoros, produziu Luzes da Cidade (1931) - equilíbrio entre a comédia e o sentimentalismo e Tempos Modernos. Esses foram mudos, mas possuíam música sincronizada e efeitos sonoros e esse último sinalizou o fim da era do cinema mudo, apesar que ele contém falas, geralmente provenientes de objetos como rádios ou monitores de TV. Com o surgimento do cinema sonoro, adaptou-se às mudanças e passou a produzir obras primas como O Grande Ditador, Tempos Modernos, Luzes da Ribalta, dentre outros.
O primeiro filme falado foi O Grande Ditador (1940) que retrata o ato de rebeldia contra o ditador alemão Adolf  Hitler e o nazismo, na época o filme foi visto como um ato de coragem, tanto pela sua ridicularização do nazismo quanto pela representação de personagens judeus.

Em 1918, no auge de seu sucesso, abriu sua própria empresa cinematográfica, a partir daí, criava seus próprios roteiros e dirigia seus próprios filmes, até Circus sinaliza o cinema mudo. Sua filmografia consiste em 81 no total , quase todos de sua autoria.
Guarda em seu currículo, uma longa filmografia que tornou clássica:

  • O Idílio Desfeito  (1914)
  • Os Clássicos Vadios  (1921)
  • O Garoto  (1921)
  • O Circo  (1928)
  • Luzes da Cidade  (1931)
  • Tempos Modernos  (1936)
  • O Grande Ditador  (1941)
  • Luzes da Ribalta  (1952)
  • A Condessa de Hong Kong  (1967), dentre tantas outras ...

Era dotado de uma personalidade sensível, atrevida, ousada, rebelde, notável senso crítico com relação a sociedade, denunciava os problemas sociais, como a miséria e o desemprego. Foi movido a desafios.

O som de seu nome faz lembrar cinema, arte, comédia ... Fez valer seu talento, conjugando os verbos saber, fazer, valer. Bingo!  Quer saber? eternamente saudoso ...  Não dá para esquecer!