terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

FILME / MOVIE: Tão Forte e Tão Perto / Extremely Loud and Incredibly Close


 
É um drama que conta a história de Oskar Schell (Thomas Horn) um garoto de 11 anos que após a morte de seu pai Thomas Schell (Tom Hanks) no atentado de 11/09/2001 nas Torres Gêmeas, tudo muda em sua vida e na de sua mãe Linda (Sandra Bullock).

Vamos conhecendo Oskar, um menino culto, inteligente, esperto e determinado, muito apegado ao pai, gosta de aventuras, é inventor amador e tocador de tamborim. Um ano após a morte de seu pai, a “ferida” da dor da perda ainda está aberta e num certo dia, ao explorar o armário e os pertences dele, derruba e quebra um pequeno vaso azul e dentro do mesmo encontra um envelope escrito apenas a palavra “Black”, ao abrir, depara-se com uma chave.

A partir daí, inicia um arrojado plano de ação a começar por uma longa lista telefônica (417 pessoas) e com ele embarcamos (?) em uma cansativa excursão por N.Y. em busca de uma fechadura que se encaixe na tal chave misteriosa e consequentemente possa localizar a pessoa e finalmente desvendar o mistério. Ufa!!! essa longa jornada secreta fará com que Oskar faça novas descobertas, inclusive familiares.

É aí que conhecemos o misterioso inquilino de sua avó, o sr. Max Von Sydow (bela atuação), que sem dizer uma só palavra, consegue se expressar de forma convincente e será o companheiro de pesquisas e de aventuras de Oskar.

O filme é tocante e emociona ao ver o menino em uma busca desesperada por respostas e a superação para resolver o mistério e resgatar o compromisso com o pai, que exerceu um papel muito importante e forte em sua vida. Só assim, está conseguindo se libertar dos “fantasmas do passado”e o espectador percebe que ele não está só, apesar de assim parecer … e se toca com a luta desesperada da mãe para reconectar-se com o filho. Bela lição de amor.

Esse longa concorreu ao Oscar de Melhor Filme e é uma adaptação do livro homônimo “Extremamente Alto e Incrivelmente Perto” de Jonathan Safran Foer.

A trilha sonora é de Alexandre Deplat, lê-se “O Discurso do Rei”, o figurino é de Ann Roth, lê-se “O Paciente Inglês” e o roteiro é de Eric Roth, lê-se “Forrest Gump-O Contador de Histórias e O Curioso Caso de Benjamin Button”.

A direção é do britânico Stephen Daldry, lê-se O Leitor, Billy Elliot, As Horas. EUA/ 2011. Vale a pena conferir.



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vencedores do Oscar 2012



Nesse milionário “clima de apostas” envolvendo a 84ª Edição do Oscar organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood que aconteceu neste domingo (26) no Hollywood and Highland Center (ex Kodak Theatre) que premiou os melhores do cinema em diversas categorias foi apresentado por Billy Cristal, que pela nona vez se encarregou da solenidade.

A produção franco-belga O Artista foi o grande vencedor da noite tendo recebido cinco dos principais prêmios. O filme foi dirigido por Michel Hazanavicius e recebeu os prêmios de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Diretor, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora Original.

A Invenção de Hugo Cabret indicado para 11 prêmios, também recebeu cinco, considerados “técnicos”. O filme de Martin Scorsese recebeu os prêmios Direção de Arte, Edição de Som, Fotografia, Mixagem de Som e Efeitos Visuais.

O francês Jean Dujardin venceu na categoria Melhor Ator, desbancando George Clooney, Brad Pitt, Gary Oldman e Demián Bichir.

A Melhor Atriz foi Meryl Streep que ganhou o Oscar por sua atuação em “A Dama de Ferro”, onde interpretou a ex Primeira-Ministra Britânica Margareth Thatcher. Meryl também conseguiu a sua terceira estatueta, sendo a segunda de melhor atriz. 

Quem também mereceu aplausos da plateia foi Christopher Plummer, escolhido o Melhor Ator Coadjuvante por "Toda Forma de Amor". 

Outro momento de emoção foi com Octavia Spencer, ela recebeu das mãos de Christian Bale o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, por seu trabalho em "Histórias Cruzadas", e ao ter seu nome anunciado, foi aplaudida de pé por todos os presentes, chorando bastante, ela agradeceu muito a seus familiares.

Woody Allen foi premiado pela autoria de Melhor Roteiro Original de "Meia-Noite em Paris”, alcançando, assim, o tricampeonato na categoria. As conquistas anteriores foram pelos textos de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977) e "Hanna e Suas Irmãs" (1986). Ele não estava presente na Cerimônia e quem recebeu seu novo Oscar foi Angelina Jolie, apresentadora do prêmio.

Confiram abaixo os vencedores do 84º Oscar 2012:

Melhor Filme – O Artista
Melhor Diretor – Michel Hazanavicius (O Artista)
Melhor Ator – Jean Dujardin (O Artista)
Melhor Atriz – Meryl Streep (A Dama de Ferro)
Melhor Ator Coadjuvante – Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)
Melhor Atriz Coadjuvante – Octavia Spencer (Histórias Cruzadas)
Melhor Roteiro Original – Meia-Noite em Paris  (Woody Allen)
Melhor Roteiro Adaptado – Os Descendentes   (Alexander Payne)
Melhor Filme de Animação – Rango
Melhor Curta de Animação – The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
Melhor Direção de Arte – A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Fotografia – A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Figurino – O Artista
Melhor Documentário – Undefeated
Melhor Documentário Curta-Metragem – Saving Face
Melhor Edição/Montagem – Milleniun: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Melhor Filme Estrangeiro – A Separação
Melhor Curta-Metragem – The Shore
Melhor Maquiagem – A Dama de Ferro
Melhor Trilha Sonora – O Artista
Melhor Canção – Man or Muppet
Melhor Edição de Som – A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Mixagem – A Invenção de Hugo Cabret
Melhores Efeitos Visuais – A Invenção de Hugo Cabret

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FILME / MOVIE: J. Edgar / J. Edgar

 
É a cinebiografia de John Edgar Hoover (1895-1972), encarnado por Leonardo DiCaprio, um dos responsáveis pela criação do FBI – Federal Bureau of Investigation – que se tornou um homem poderoso, temido e admirado durante várias décadas, administrou o FBI durante 48 anos e deixou um grande legado. Hoover decide então, contar a sua história pessoal que se confunde com a história do FBI e pede para sua secretária (Naomi Watts) que encontre um agente para datilografar a narrativa ...

E essa, faz uso de flashbacks intercalando o passado e o presente para entendermos a trajetória profissional daquele que ocupou o cargo de diretor do FBI durante 37 anos, sustentou-se no poder durante os mandatos de 08 presidentes e a sua vida pessoal, seus segredos e medos e os conflitos com a própria imagem.

Dotado de uma personalidade controversa, amarga e cruel, recheada de preconceitos, inteligente e estratégico, Hoover tinha uma luta pessoal contra o que considerava ameaça a si e ao país, passava por cima de qualquer coisa que estivesse em seu caminho.

O filme não ameniza os aspectos negativos do homem e, sem qualquer julgamento moral, não deixa dúvidas quanto a sua sexualidade.

Voltemos aos idos de 1919, Hoover ainda novo era um agente do Departamento de Justiça e é designado para investigar atentados comunistas contra os membros do departamento. A partir daí, alçou voos até fundar o FBI em 1935, subordinado ao departamento de justiça americano, quando Hoover dirigia o então departamento responsável pelas investigações de crimes federais.

Foram os anos de crimes nos EUA, década de depressão na economia, a lei seca e de bandidos que exerciam admiração e fascínio no imaginário da população, como John Dillinger, Pretty Boy Floyd, Kate “Ma”Banker, George “Machine Gun”, Kelly , Baby Face Nelson, dentre outros, todos foram presos ou mortos pelo FBI sob o comando de Hoover.

A partir daí, criou-se uma áurea de patriotismo inflexível, aversão à desordem, ao comunismo e a qualquer ideal que ameaçasse a integridade dos EUA.

Deixou como legado o uso da ciência nas investigações criminais e a imagem construída sem retoques de ações covardes, histórico de chantagens, perseguições e intimidações e o relacionamento de uma vida inteira com Clyde Tolson (Armie Hammer) que foi o seu vice no FBI e seu grande amor, confidente e conselheiro até o fim de seus dias.

O longa acerta na convincente maquiagem de envelhecimento usada por DiCaprio que dá força e veracidade aos momentos de Hoover mais velho e obeso. Destaque para atuação competente de DiCaprio.

A produção e direção é de Clint Eastwood. EUA / 2011. Vale a pena conferir.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carnaval: O Início do Palco Democrático



Para se ter uma visão histórica do início das bandas e dos blocos de carnaval de Salvador/Bahia, cujo princípio básico era tocar para o povo nas avenidas e ruas da cidade que até hoje permanece como palco e o coração dessa grande folia.

O carnaval é a mais pura manifestação do patrimônio da cultura baiana. A espontaneidade, a alegria e a diversidade são sinônimos desta mega festa.

A partir de 1950 o trio elétrico foi um meio que o povo encontrou para disseminar alegria. Já por volta dos anos 1960 e 1970 o povo foi para o meio das ruas, brincando e tornando a festa verdadeiramente popular.

Os blocos de trio apareceram por volta de 1978 com o Camaleão e de lá pra cá só cresce esse mercado andante altamente competitivo e rentável. Um fenômeno!!!

A criação e a fonte de inspiração carnavalesca deve muito a cinematografia, que vem desde os anos de 1920, mas só começa a entrar no carnaval no fim dos anos 1940. Os blocos baianos se espelharam nesse universo de magia e no apelo visual das fantasias para reproduzir nos blocos.

Vemos, então, por ordem cronológica o movimento dessa equação de diversidade, que centra até hoje no princípio da pluralidade. É um verdadeiro êxtase de uma máquina que não para, não cansa, não desanima, só aglutina.

Vejam um pouco do histórico dessa “varanda da alegria”:

1894 – Surgem os afoxés com os ritmos das batucadas

1900 – Surgem os bailes de máscaras com as marchinhas e bandas de sopros

1947 – Criação do bloco Arranca Toco que depois passou a se chamar Mudança do Garcia

1949 – Criação do afoxé Filhos de Gandhy

1950 – Dodô e Osmar criam a Fobica que se apresentava com guitarras elétricas e amplificadores

1960 – Surgem as “mortalhas” contrastando com os Pierrôs e Colombinas

1962 – Surge Os Internacionais

1964 – Bloco do Jacu

1970 – Surgimento dos blocos

1972 – Movimento da Tropicália – Caetanave

1974 – Surge o bloco afro Ilê Aiyê

1975 – 25 anos de Trio Elétrico

1978 – Surge o Camaleão

1979 – Fundação do Olodum

1981 – Surgem os blocos afro Muzenza e Ara Ketu

1985 – Lançamento do “Fricote” por Luiz Caldas e Paulinho Camafeu dando início ao Axé Music

1991 – Surge o Chiclete com Banana

1992 – Surge a Timbalada

1993 - Surgem os “abadás” - o primeiro bloco a adotar foi o Eva, comandado pelo Asa de Águia.

1995/96 – Instalação dos camarotes nos espaços públicos

A partir de 2000 começou a profissionalização dos trios elétricos e consequentemente essa manifestação do patrimônio cultural da Bahia como uma inesgotável fonte de alegria e energia.

E na composição de Moraes Moreira e Armandinho Macedo em “Chame Gente” ….

"Ah, imagina só
Que loucura é essa mistura
Alegria, alegria o estado que chamamos Bahia
De todos os santos, encantos e axé
Sagrado e profano, o baiano é carnaval
No corredor de história
Vitória, Lapinha, Caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias
Escorre o sangue e o vinho
Pelo mangue Pelourinho
A pé ou de caminhão
Não pode faltar a fé
O carnaval vai passar
Na Sé ou no Campo Grande
Somos os Filhos de Ghandy
De Dodô e Osmar
Por isso chame, chame, chame, chame gente
E a gente se completa
Enchendo de alegria
A praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, enxame, enxame de gente
E a gente se completa
Enchendo de alegria
A praça e o poeta"



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Das Marchinhas, Confetes, e Serpentinas até o Trio Elétrico ... Os Tempos de Momo!



 
Em época de web, os internautas buscam novidades, inovações e acima de tudo novas tecnologias voltadas para o rico e crescente universo do carnaval, mas não podemos esquecer que o carnaval do passado viveu dias tão gloriosos quanto os atuais, e sem me deter em clima de saudosismo, nem poderia, afinal a fila anda rapidamente, querer reverenciar aquele que foi o início de tudo, o início do eterno carnaval é sempre muito prazeroso e altamente gratificante.

Voltemos aos bailes das máscaras, das serpentinas e dos confetes coloridos jogados aos montes nos salões ao som das inesquecíveis marchinhas de carnaval ... tinha poesia ...

“Pastorinhas” de autoria Noel Rosa – Braguinha - 1934
“A estrela d'alva no céu desponta
E a lua anda tonta com tamanho esplendor
E as pastorinhas pra consolo da lua
Vão cantando na rua lindos versos de amor

Linda pastora morena da cor de madalena
Tu não tens pena de mim
Que vivo tonto com o teu olhar
Linda criança tu não me sais da lembrança
Meu coração não se cansa
De sempre sempre te amar”
“A Jardineira” de Benedito Lacerda – Humberto Porto - 1938

"Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu"
 
“Quem Sabe, Sabe”  de autoria de Jota Sandoval-Carvalhinho - 1955

"Quem sabe, sabe
Conhece bem
Como é gostoso
Gostar de alguém

Ai morena deixa eu gostar de você
Boêmio sabe beber
boêmio também tem querer"
E dentre tantas outras ... “Máscara Negra” de Zé Keti- Pereira Mattos - 1966

“Quanto riso oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da colombina
No meio da multidão

Foi bom te ver outra vez
Está fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval”

Em meio às danças do baile, os olhares se cruzavam, as máscaras impediam que as identidades fossem reveladas e no dueto de Chico Buarque com a inesquecível Elis Regina, na canção “Noite dos Mascarados” ...

“Mas é carnaval
Não me diga mais quem é você
Amanhã, tudo volta ao normal
Deixe a
festa acabar
Deixe o barco correr
Deixe o dia raiar
Que hoje eu sou
Da maneira que você me quer
O que você pedir
Eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser

E nesse clima de “deixar o barco correr” o anonimato das máscaras protegiam os desejos mais secretos e íntimos de viver tudo que se quisesse, sem medo de ser feliz ...

A atração que esses bailes de máscaras exerciam nas pessoas era fascinante, envolvente e tentador e a sensação que produzia era a de invisibilidade, fetiche e liberdade. 

E, claro, com o passar dos anos e a evolução natural dos tempos, as coisas mudaram, e muito, o carnaval ganhou menos adereços, menos roupas, menos pompas, menos tudo ...  só o que não mudou é a alegria, esta sim, continua a mesma,  contagiante, efervescente, energizante. 

E sem esquecer que o palco está aqui na Bahia e que vem de tempos atrás, essa festa de alegria e alegoria faz parte da cultura da folia baiana. 

Já na década de 70, “Atrás do Trio Elétrico” de autoria de Caetano Veloso,

“Atrás do trio elétrico
Só não vai quem já morreu
Quem já botou pra rachar
Aprendeu que é do outro lado
Do lado de lá do lado
Que é lado  lado, de lá

O sol é seu, o som é meu
Quero morrer, quero morrer já
O som é seu, o sol é meu
Quero viver, quero viver lá
Nem quero saber se o diabo nasceu
Foi na Bahia, foi na Bahia
O trio eletro-sol rompeu no meio dia
No meio dia”

"Chuva,  Suor e Cerveja", também de Caetano Veloso - 1971
"Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrô molhado
E vamos embolar
Ladeira abaixo
Acho que a chuva
Ajuda a gente a se ver
Venha veja deixa beija seja
O que Deus quiser

A gente se embala, se embola
Se enrola, só pára
Na porta da igreja
A gente se olha
Se beija, se molha
De chuva suor e cerveja"
 

 "A Filha da Chiquita Bacana" de Caetano Veloso - 1975
"Eu sou a filha
Da chiquita bacana
Nunca entro em cana
Porque sou família demais
Puxei à mamãe
Não caio em armadilha
E distribuo banana
Com os animais

Na minha ilha iê iê iê
Que maravilha iê iê iê
Eu transo todas
Sem perder o tom
E a quadrilha toda grita
Iê iê iê
Viva a filha da chiquita
Iê iê iê
Entrei pro women's liberation front"

Foi através dessas músicas de Caetano que divulgou para todo o Brasil o fenômeno que estava restrito apenas em Salvador, que era o trio elétrico.

Teve origem em Salvador em 1951 e ao longo das décadas se tornou o grande atrativo do carnaval da Bahia, um verdadeiro fenômeno de massa.

Foi uma criação de Antonio Adolfo Nascimento, o Dodô e seu amigo Osmar Álvares Macedo que adaptaram uma fobica ligando à bateria do automóvel a um violão e um protótipo de guitarra e saíam pelas ruas tocando músicas atraindo uma multidão. Estava escrita a história da maior festa popular do mundo.

Com o aperfeiçoamento das tecnologias foram melhorando a performance dos trios e nos dias de hoje, vemos caminhões adaptados com aparelhos de sonorização que tocam músicas ao vivo. É um espetáculo a parte.

A medida que os trios foram ampliando em tamanho, surgiu a necessidade de organizar os foliões por blocos e para isso, necessitava de uma identificação. Foram os tempos das “mortalhas” aqueles camisões coloridos que eram verdadeiros roupões, cobria todo o corpo, se duvidar, até os pensamentos ... rsss...

Então, os blocos saiam nas ruas e passaram a se isolar dos demais foliões por meio de cordas de segurança. Tudo era bem civilizado, popular e participativo e o tempo passa ... sem pressa, os blocos vão substituindo e aperfeiçoando as fantasias, chegando nos "abadás" até os dias de hoje, que consiste em camisas com a identificação do bloco.

Existe uma verdadeira indústria do carnaval, tudo é profissionalmente muito bem planejado e organizado com bastante antecedência, os foliões pagam muito bem para fazer parte do bloco de sua preferência e objeto de desejo, não só pelos artistas, mas por outras atrações como a banda, o/a vocalista, os convidados, e por todos os burburinhos, aparatos e movimentos que circulam e circundam todos os dias da festa. 
E que festa !!!

Para se ter ideia, movimenta um mercado publicitário milionário,  uma verdadeira disputa pelas cotas de patrocínio e pelos melhores e mais visíveis espaços. Todas as TVs e antenas estão de olhos ligados em Salvador / Bahia.
É o maior espetáculo popular do Brasil e se não for pretensão dizer, do mundo.

O advento do trio elétrico marcou não só o hit do carnaval baiano como alavancou a economia local com o turismo cultural.

E, para entrar no clima dessa festa contagiante e energizante, só no embalo da música de Marcia Freire “Lambada de Delícia/Kirika na Buçanha” no refrão ...

“Já é carnaval cidade
acorda pra ver (bis)
a chuva passou cidade
e o sol vem aê (bis)”

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

FILME / MOVIE: Simplesmente Complicado / It's Complicated



É um longa leve e divertido que se passa em Santa Barbara, CA e conta a história de Jane (Meryl Streep) que após 10 anos de separação e de uma relação amigável com o ex marido Jake (Alec Baldwin), em apenas um (re)encontro na festa de formatura do filho, as coisas começam a ficar complicadas ou simplesmente descomplicadas (?) para ambos.

Vamos conhecendo Jane, uma mulher forte, decidida, empresária do ramo de delicatessen, está refazendo, e tem conseguido, a vida nesses anos de separação junto aos três filhos, agora já adultos.

E Jake é advogado bem sucedido, sócio de uma empresa de advocacia, casou-se pela segunda vez e também está refazendo a sua vida junto com a nova família.

Na festa de formatura do filho, ambos se reencontram e sem pretensões, passam a noite juntos, em consequência dessa noite, passam a se encontrar regularmente, fazendo com que Jane se considere amante do ex marido. Ops!

Nesse ínterim, Jane conhece Adam (Steve Martin), um arquiteto que foi contratado para fazer o projeto e a reforma da sua casa. Ambos tem uma simpatia mútua, passam a se encontrar e ter bons momentos juntos.

Só que as coisas vão tomando rumos que fogem do controle de Jake e asseguram mais a decisão de Jane. Será ?!?!

Só assistindo essa deliciosa comédia para conferir a trama que se desenrola num clima contagiante e extremamente agradável. Pura diversão sem compromisso.

Destaques para os desempenhos de Meryl e Alec protagonizando com naturalidade e eficiência o casal formado por Jane e Jake, respectivamente, e Steve interpretando um tipo sério, bem diferente dos personagens habituais.

Escrito e dirigido por Nancy Meyers. EUA / 2009.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Grammy 2012





A principal premiação da indústria musical americana o Grammy Awards promovida pela Academia Fonográfica Americana que anualmente premia os melhores artistas e lançamentos musicais, ocorreu no último dia 12/02 deste ano em sua 54ª Edição no estádio Staples Center de Los Angeles.

O apresentador da festa foi o rapper LL Cool J. e essa edição aconteceu com o retorno da cantora soul Adele que estava afastada por motivo de saúde, sendo aplaudida de pé e recebendo muitas premiações.

A cantora Jennifer Hudson se emocionou ao prestar homenagem a inesquecível Whitney Houston cantando o hit I Will Always Love You.

A grande festa terminou com Stevie Wonder apresentando a último número da noite e Paul McCartney cantando My Valentine.

Confiram abaixo a lista dos vencedores:

Gravação do Ano
“Rolling In The Deep”- Adele

Álbum do Ano
“21” – Adele

Música do Ano
“Rolling In The Deep” – Adele

Performance Solo Pop
"Someone Like You" - Adele

Performance Duo ou Grupo
Tony Bennett & Amy Winehouse - "Body And Soul"

Álbum Pop
"21" - Adele

Performance Rock
Foo Fighters - "Walk"

Performance Hard Rock/Metal
Foo Fighters - "White Limo"

Música de Rock
Foo Fighters - "Walk"

Álbum de Rock
Foo Fighters - "Wasting Light"

Disco de Música Alternativa
Bon Iver - "Bon Iver"

Melhor Performance de Rap
"Otis" - Jay-Z & Kanye West

Melhor Parceria/Rap
"All Of The Lights" - Kanye West, Rihanna, Kid Cudi & Fergie

Melhor Álbum de Rap
"My Beautiful Dark Twisted Fantasy" - Kanye West

Melhor Álbum de R&B
"F.A.M.E." - Chris Brown

Melhor Álbum Country
"Own The Night" - Lady Antebellum

Melhor Performance Country Solo
"Mean" - Taylor Swift

Melhor Vídeo Musical - Curto
"Rolling In The Deep" - Adele

Melhor Vídeo Musical - Longo
"Foo Fighters: Back And Forth" - Foo Fighters

Artista Revelação
Bon Iver

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Adeus a Whitney Houston




Discorrer sobre Whitney Elizabeth Houston (1963-2012) é enaltecer a produtora, atriz, modelo e cantora gospel, soul, pop e uma das artistas mais premiadas e reconhecidas internacionalmente de todos os tempos.

Deixou como legado não só uma extensa e atuante discografia e filmografia, como o estilo musical, o talento e uma voz marcante e lendária.
Apelidada de The Voice por ter sido considerada uma das mais belas e potentes vozes da música mundial.

Entre seus maiores sucessos estão How Will I Know, Saving All My Love For You e I Will Aways Love You, trilha sonora do filme O Guarda-Costas (1992).

Esse foi seu primeiro papel como protagonista e enorme sucesso no inesquecível filme O Guarda-Costas ao lado de Kevin Costner, em 1992.

A trilha sonora original do filme, cantada por ela, ganhou o Grammy de 1994 de Álbum do Ano. Seu primeiro single, I Will Always Love You, se tornou o mais vendido por uma artista feminina na história da música.

My Love Is Your Love (1998), quarto álbum de estúdio, é considerado um dos melhores da cantora, com hits como Heartbreak Hotel e When You Believe. O disco vendeu mais de 15 milhões de cópias em todo o mundo.

E seu disco Just Whitney... de 2002, é um dos discos mais discutidos de sua carreira, pois revela ainda mais seus problemas pessoais.

Faz parte de seu memorável histórico musical: 02 Emmy Awards, 06 Grammy Awards, 30 Billboard Music Awards, 22 American Music Awards ... foram 415 prêmios conquistados ao longo de sua carreira até 2010 e mais de 55 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Sucesso total.

O soprodeideiasnoar presta homenagem àquela que foi e será eternamente lembrada pelo seu jeito doce e meigo e pela possante e brilhante voz de todos os tempos. Para ser recordada e reverenciada.  Inesquecível.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quando a História do Cinema Quer Falar ... Oscar - A Maior Festa do Cinema – Parte III





A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood / Academy of Motion Pictures Arts and Sciences – AMPAS – foi  fundada em maio de 1927 por Louis B. Mayer, Douglas Fairbanks, Mary Pickford e mais 34 personalidades do cinema americano.

É considerada a instituição mais importante da cinematografia mundial. Seu principal objetivo é incentivar o aprimoramento técnico e artístico das produções hollywoodianas. 

Conhecendo um pouco da história, a primeira cerimônia de entrega do Oscar foi em 16/05/1929, na Blossom Room do Hollywood Roosevelt Hotel, de propriedade do então presidente da Academia, Douglas Fairbanks e sua esposa Mary Pickford. Na ocasião, foi oferecido um jantar para 250 pessoas, entre indicados e convidados e o anúncio dos vencedores durou poucos minutos.

Até 1943, a entrega dos prêmios era realizada em almoços ou jantares. Nessa época, os vencedores eram escolhidos pelos executivos dos estúdios. 

Hoje os membros votantes fazem suas escolhas dentro de sua área específica, ou seja, ator vota em ator, por exemplo, e a exceção fica por conta de categoria de melhor filme, em que todos os integrantes do AMPAS têm direito a voto.

A empresa de consultoria e estatística Price Waterhouse organiza a votação, ou seja, apura os votos e cuida para que tanto o público quanto os integrantes da AMPAS só saibam os nomes dos vencedores na hora em que os envelopes lacrados são abertos no palco, durante a cerimônia de entrega dos prêmios.

Em 2010, a AMPAS  anunciou novas regras para a cerimônia de entrega do Oscar. A mudança maior ficou por conta da categoria de melhor filme, que, até 2009, contava com cinco indicados e, em 2010, passou a ter dez concorrentes, mesmo não conquistando a principal estatueta, a simples indicação já é uma espécie de reconhecimento.

Oficialmente chamada de Academy Awards of Merit ou Prêmio ao Mérito da Academia, a estatueta do Oscar foi criada pelo diretor de arte da MGM, Cedric Gibbons e esculpida por George Stanley. Ela representa a imagem de um homem forte segurando uma longa espada sobre um rolo de filme. A estatueta mede 34 cm de altura, pesa 3,850 quilos, é composta por 92,5% de estanho e 7,5% de cobre e é banhada a platina e ouro 24 quilates.

Como curiosidade, durante a 2º Guerra Mundial, a estatueta de metal foi substituída por gesso para cortar gastos. A origem do nome ainda é incerta, há várias versões e apelidos que surgiram em 1931, no entanto, informalmente o nome só foi usado na cerimônia de 1932.  A Instituição só o oficializou na cerimônia de 1939.

A popularização se deu com a primeira transmissão televisiva do evento em 1953 para os EUA e o Canadá. Atualmente, a cerimônia é transmitida para quase todos os países do mundo.

Entre os recordistas do prêmio estão Tom Hanks e Spencer Tracy, visto que ganharam, por dois anos consecutivos, cada um, o Oscar de Melhor Ator.
  • Hanks, por  Filadelfia / Philadelphia  (1993) e Forrest Gump – O Contador de Histórias / Forrest Gump  (1994);
  • Tracy, por  Marujo Intrépido / Captain Courageous (1937) e Braços Abertos / Boys Town (1938)

O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei / Lord of the Rings: The Return of the King (2003) é recorde por ganhar todas as 11 estatuetas a que concorreu desbancando Ben-Hur (1959) e Titanic (1998).

A primeira mulher a receber a estatueta de Melhor Direção foi Katheryn Bigelow em 2010 por Guerra ao Terror / The Hurt Locker  (2008).

A primeira participação brasileira no Oscar foi uma co-produção entre Brasil e Portugal - O Pagador de Promessas  (1962), dirigido por Anselmo Duarte e indicado na categoria de melhor filme estrangeiro. 

E dentre as mais importantes do Brasil, ficam a cargo de Central do Brasil (1998), de Walter Salles e Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles. O primeiro concorreu em duas categorias: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Montenegro, e o segundo filme a quatro prêmios: Direção, Edição, Fotografia e Roteiro Adaptado.

A transmissão começa às 15 hs, o chamado “pré show” que consiste na cobertura do tapete vermelho, com a chegada das celebridades e as disputadas entrevistas. Só por volta das 17 hs é que começa a transmissão do evento.

A cerimônia intercala momentos de graça e emoção que ajudam a quebrar a seriedade e a tensão da festa. Os números musicais tem se tornado mais ecléticos, há uma diversidade musical e coreográfica muito grande.

Desde 2002, o Oscar é apresentado no Kodak Theatre  no coração de Hollywood com capacidade para 3.400 lugares e atualmente é a premiação mais importante e prestigiada do cinema mundial.


                                        "Referência bibliográfica: A Fantástica Fábrica de Filmes da autora Ana carolina Garcia ".

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando a História do Cinema Quer Falar ... Globo de Ouro / Golden Globe - Parte II


Em 1943 foi criado o prêmio Golden Globe Awards. Hoje, considerado uma prévia do Oscar, o Globo de Ouro / Golden Globe é o prêmio oferecido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood / Hollywood Foreign Press Association – HFPA que escolhe os melhores profissionais do ano das áreas de cinema e da TV americana, divididos em categorias distintas de drama e comédia/musical.  São reconhecidos como prêmio de honra e de crítica.
Aproximadamente 100 jornalistas estrangeiros de 53 países diferentes fazem parte das votações para as escolhas dos prêmios.

Como na Academia, a Associação também criou sua homenagem especial aos maiores nomes da indústria do cinema e a batizou de Cecil B. DeMille Awards.

Criado em 1952, o primeiro homenageado foi o próprio Cecil B. DeMille, diretor e produtor de filmes como O Maior Espetáculo da Terra / The Greatest Show on Earth – 1952 e Os Dez Mandamentos / The Ten Commandments – 1956.

Até 1956, os prêmios do Globo de Ouro eram limitados ao cinema, a partir daí começaram a ser entregues também para a televisão.  A primeira transmissão televisiva da cerimônia ocorreu em 1958 para uma emissora de Los Angeles.
Hoje, a entrega do prêmio é transmitida ao vivo, direto do International Ballroom do The Beverly Hilton Hotel de Los Angeles para mais de 120 países.

A estatueta é de cor dourada, tem um globo da Terra circundado por um carretel cinematográfico, pesa 2,5 kg, tem 27 cm de altura, está recoberta por ouro de 24 quilates e mostra as siglas HFPA em sua base.

A tradição mais especial e esperada é a Miss Golden Globe ou o Mr. Golden Globe que são as filhas ou os filhos de atores de Hollywood, respectivamente, que são encarregados de entregar o prêmio aos apresentadores de cada categoria no palco, que, por sua vez, entregam-no aos vencedores.

Outra característica é a forma de apresentação que é através de um jantar e tantos os indicados como os convidados acomodam-se em volta de grandes mesas redondas, aproximando-os fisicamente, de forma que o evento ocorre de maneira mais descontraída, e é claro sempre muito elegante e charmoso.

As premiações acontecem no começo de cada ano em clima de surpresas, agilidade, desenvoltura e diversão, e por não ter as apresentações musicais, dinamiza mais o evento.  Além de ser uma cerimônia cheia de pompas e glamour é a segunda noite mais importante da indústria Hollywoodiana , pois é o evento de cinema mais visto e serve de aquecimento para o Oscar, cujos resultados dão margem às especulações sobre os prováveis prêmios da Academia.

A participação do Brasil foi contemplada com cinco produções:
“A Central do Brasil” - 1999 levou o Globo de Melhor Filme Estrangeiro e os outros filmes são:
“Dona Flor e Seus Dois Maridos” - 1976;
“Pixote:A Lei do Mais Fraco” – 1981;
“Abril Despedaçado” - 2001;
“Cidade de Deus” - 2002;

Para o Cinema os 15 prêmios são oferecidos nas seguintes categorias:
  • Melhor Filme Dramático
  • Melhor Filme de Comédia ou Musical
  • Melhor Ator em Filme Dramático
  • Melhor Ator em filme de Comédia ou Musical
  • Melhor Atriz em Filme Dramático
  • Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical
  • Melhor Ator Coadjuvante
  • Melhor Atriz Coadjuvante
  • Melhor Diretor
  • Melhor Roteiro
  • Melhor Filme de Animação
  • Melhor Filme em Língua Estrangeira
  • Melhor Trilha Sonora
  • Melhor Canção Original
  • Prêmio Cecil B. DeMille por conquistas na carreira cinematográfica
E para a Televisão os 11 prêmios são:
  • Melhor Série - Drama
  • Melhor Série – Comédia ou Musical
  • Melhor Minissérie ou Filme para Televisão
  • Melhor Ator em Série Dramática
  • Melhor Ator em Série de Comédia ou Musical
  • Melhor Ator em minissérie ou Filme para Televisão
  • Melhor Atriz em Série Dramática
  • Melhor Atriz em série de Comédia ou Musical
  • Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para Televisão
  • Melhor Ator Coadjuvante
  • Melhor Atriz Coadjuvante

Na 69ª Edição de 2012, ocorrida em janeiro, o mestre de cerimônias foi o comediante Ricky Gervais que prestou homenagem a Morgan Freeman que recebeu o prêmio Cecil B. DeMille das mãos de Sidney Poitier e Helen Mirren pelo conjunto de suas obras.

Nessa Edição, os indicados para o Cinema foram:

Melhor Filme - Drama: "Os Descendentes"
Melhor Filme - Comédia: "O Artista"
Melhor Ator - Drama: George Clooney - "Os Descendentes"
Melhor Atriz - Drama: Meryl Streep - "A Dama de Ferro"
Melhor Ator - Musical ou Comédia: Jean Dujardin - "O Artista"
Melhor Atriz - Musical ou Comédia: Michelle Williams - "Sete Dias com Marilyn"
Ator Coadjuvante: Christopher Plummer - "Toda Forma de Amor"
Atriz Coadjuvante: Octavia Spencer - "Histórias Cruzadas"
Melhor Diretor: Martin Scorsese - "A Invenção de Hugo Cabret"
Roteiro: "Meia-Noite em Paris" - Woody Allen
Canção Original: W.E. - "Masterpiece" - Madonna
Trilha Sonora: "O Artista" - Ludovic Bource
Filme de Animação: "As Aventuras de Tintim"
Filme em língua estrangeira: "A Separação" (Irã)
Prêmio pelo conjunto da obra: Morgan Freeman

E para a TV foram :

Série - Drama: "Homeland"
Série - Musical ou Comédia: "Modern Family"
Minissérie ou Filme feito para TV: "Downton Abbey"
Ator em Série - Drama: Kelsey Grammer - "Boss"
Atriz em Série - Drama: Claire Danes - "Homeland"
Ator em Série - Musical ou Comédia: Matt LeBlanc - "Episodes"
Atriz em Série - Musical ou Comédia: Laura Dern - "Enlightened"
Ator em Minissérie ou Filme feito para TV: Idris Elba - "Luther"
Atriz em Minissérie ou Filme feito para TV: Kate Winslet - "Mildred Pierce"
Ator coadjuvante em série, minissérie ou filme feito para TV: Peter Dinklage - "Game of Thrones"
Atriz coadjuvante em série, minissérie ou filme feito para TV: Jessica Lange - "American Horror Story"