Diva Absoluta,
Bibi Ferreira!
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Foto/Imagem: Divulgação |
Nascida Abigail Izquierdo Ferreira
(1922-2019), conhecida como Bibi
Ferreira, percorreu uma longa trajetória celebrada nos palcos, nas
companhias de comédia, no teatro de revista, nos grandes musicais e no teatro. Atuou
como atriz, cantora, compositora, diretora e produtora.
Filha do ator brasileiro Procópio
Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo, fez sua estreia teatral com
pouco mais de 20 dias de vida, na peça Manhãs de Sol, de Oduvaldo Vianna,
substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo.
Folheando suas extensas trilhas,
após regressar ao Brasil, aos 7 anos de idade, ingressou na escola de dança do
Teatro Municipal do Rio de Janeiro e aos 9 anos foi estudar em Londres, onde
aperfeiçoou o teatro.
Em 1936 participou do filme Cidade-Mulher,
de Humberto Mauro, onde canta o samba Na Bahia, de Noel Rosa e José Maria de
Abreu. Em 1942, montou sua própria companhia, tornando-se uma das primeiras
mulheres dirigir teatro no Brasil. Na década de 50 montou repertório com sua
companhia e viajou pelo país com cenários e produções caprichadas. Em 1960
inaugurou a TV Excelsior com o programa Brasil 60, no faz uso do videotape para transmitir reportagens
das capitais. Depois de um período de afastamento, em 1968 voltou à televisão e
comandou o musical Bibi ao Vivo, na TV Tupi carioca, com direção de Eduardo
Sidney, onde apresentou, cantou e dançou com a orquestra do Maestro Cipó. Ainda
na década de 60, estreia dois musicais memoráveis, “Minha Querida Lady” (My
Fair Lady), de Frederich Loewe e Alan Jay Lerner, baseado em Pigmaleão, de George Bernard Shaw e “Alô Dolly” (Hello
Dolly!). Nos anos 70 atuou no musical “O Homem de La Mancha”, de Dale Wasserman
com letras versadas por Chico Buarque. Devido ao sucesso, tornou-se a primeira
atriz do teatro musical brasileiro.
Alternando interpretação e direção,
assinou Brasileiro, Profissão: Esperança (1970) de Paulo Pontes e Oduvaldo
Vianna Filho, grande sucesso de bilheteria. Em 1975 recebeu o prêmio Molière
pela personagem Joana, de Gota D’Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque,
adaptação da tragédia Medéia, de Eurípedes.
Após período ausente dos
palcos, em 1983 volta com “Piaf – A Vida de uma Estrela”, em que vive a cantora
francesa Edith Piaf, sua performance muito elogiada por encarnar a cantora, tal
semelhança de voz, do aspecto físico frágil e forte temperamento. Em 2000,
personificou Amália Rodrigues em” Bibi Vive Amália”.
Recebeu muitos prêmios e é
consagrada pelo maravilhoso legado deixado para o teatro e a cultura brasielira.
Diva absoluta!