sexta-feira, 19 de julho de 2019



Diva Absoluta, Bibi Ferreira!


Foto/Imagem: Divulgação

Nascida Abigail Izquierdo Ferreira (1922-2019), conhecida como Bibi Ferreira, percorreu uma longa trajetória celebrada nos palcos, nas companhias de comédia, no teatro de revista, nos grandes musicais e no teatro. Atuou como atriz, cantora, compositora, diretora e produtora.

Filha do ator brasileiro Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo, fez sua estreia teatral com pouco mais de 20 dias de vida, na peça Manhãs de Sol, de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo.

Folheando suas extensas trilhas, após regressar ao Brasil, aos 7 anos de idade, ingressou na escola de dança do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e aos 9 anos foi estudar em Londres, onde aperfeiçoou o teatro.

Em 1936 participou do filme Cidade-Mulher, de Humberto Mauro, onde canta o samba Na Bahia, de Noel Rosa e José Maria de Abreu. Em 1942, montou sua própria companhia, tornando-se uma das primeiras mulheres dirigir teatro no Brasil. Na década de 50 montou repertório com sua companhia e viajou pelo país com cenários e produções caprichadas. Em 1960 inaugurou a TV Excelsior com o programa Brasil 60, no faz uso do videotape para transmitir reportagens das capitais. Depois de um período de afastamento, em 1968 voltou à televisão e comandou o musical Bibi ao Vivo, na TV Tupi carioca, com direção de Eduardo Sidney, onde apresentou, cantou e dançou com a orquestra do Maestro Cipó. Ainda na década de 60, estreia dois musicais memoráveis, “Minha Querida Lady” (My Fair Lady), de Frederich Loewe e Alan Jay Lerner, baseado em Pigmaleão, de  George Bernard Shaw e “Alô Dolly” (Hello Dolly!). Nos anos 70 atuou no musical “O Homem de La Mancha”, de Dale Wasserman com letras versadas por Chico Buarque. Devido ao sucesso, tornou-se a primeira atriz do teatro musical brasileiro.

Alternando interpretação e direção, assinou Brasileiro, Profissão: Esperança (1970) de Paulo Pontes e Oduvaldo Vianna Filho, grande sucesso de bilheteria. Em 1975 recebeu o prêmio Molière pela personagem Joana, de Gota D’Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque, adaptação da tragédia Medéia, de Eurípedes.

Após período ausente dos palcos, em 1983 volta com “Piaf – A Vida de uma Estrela”, em que vive a cantora francesa Edith Piaf, sua performance muito elogiada por encarnar a cantora, tal semelhança de voz, do aspecto físico frágil e forte temperamento. Em 2000, personificou Amália Rodrigues em” Bibi Vive Amália”.

Recebeu muitos prêmios e é consagrada pelo maravilhoso legado deixado para o teatro e a cultura brasielira. Diva absoluta!


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