É um envolvente drama familiar que desnuda a história da família de Simin (Leila Hatami) que quer sair do Irã com o marido Nader (Peyman Moaadi) e a filha Termeh (Sarina Farhadi, filha do diretor), mas depois de tudo preparado, Nader desiste da viagem por conta da doença crônica de seu pai e a partir desse momento começa a desenrolar e a enrolar (?) a vida de cada um …
Com
a desistência da viagem, Simin pede o divórcio, mas sua solicitação
não é aceita, então, ela decide sair de casa por um período e em
consequência, Nader precisa contratar uma ajudante para dar apoio ao
seu pai já idoso e com Alzheimer.
É
justamente por causa da diarista Razieh (Sareh Bayat), muçulmana
praticante que começa a desencadear uma série de situações e um
incidente que levará as famílias para um conflito e consequente
julgamento de cunho moral e religioso, surgindo dúvidas, incertezas
e culminando as queixas em um tribunal.
O
longa é reflexivo e tenso, gera perguntas, estimula dúvidas, busca
a verdade dos fatos, faz julgamentos de valor. Envolve o espectador
na trama emotiva da crise e dissolução de um casamento que tem como
pano de fundo o retrato da sociedade iraniana e seu universo social e
religioso.
Enfim,
só assistindo para entender esse drama e conhecer sobre a cultura,
religião, justiça, preconceitos, usos e costumes do Irã. O longa
não propõe soluções, permite sim, que a plateia tire suas próprias
conclusões.
Ponto
para o elenco afinado e o tom da dramaticidade nos diálogos e cenas
altamente inquietantes e turbulentas.
Foi
o vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro / 2012. A direção
é de Asghar Farhadi. Irã / 2011. Vale a pena conferir. Imperdível.
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