É uma
adaptação para o cinema da história do romance do escritor Jorge
Amado (1912-2001) e seus personagens Pedro Bala (Jean Luís Amorim),
Gato (Paulo Raimundo), Sem Pernas (Israel Gouvea), Boa Vida (Jordan
Mateus), Dora (Ana Gabriela Conceição), Professor (Robério Lima)
e tantos outros que deram vida e ficaram conhecidos como “Capitães
da Areia”, título
também do filme.
As
histórias são tristes e sofridas, abandonados por suas famílias,
esses adolescentes são obrigados a viver nas ruas de Salvador e
consequentemente aprenderam a lutar para sobreviver entrando no
submundo do crime, cometendo todos tipos de delitos, desde a prática de
roubos e assaltos até outros mais complicados.
Essas
crianças estão na faixa etária de 14/15 anos, marginalizadas e
delinquentes que tem Pedro Bala como o líder do grupo e personagem
principal que se envolve com as histórias de seu pai sindicalista e
entra no mundo dos jovens infratores, lidando com as amarguras do
crime.
A
narrativa da realidade da época é bem atual e muito rica em
impressões pois retrata a infância e adolescência abandonada nas
ruas de Salvador e utiliza a vida dos personagens como forma de
denunciar uma realidade cruel e dramática, uma verdadeira crítica
social para os problemas existentes em uma cidade por volta dos anos
30.
O filme
tem belas fotografias e caracteriza bem a cidade de Salvador tanto no
seu espetáculo natural e vivo como em suas manifestações culturais
e religiosas, valorizando o folclore, a capoeira, misto de luta e
dança com seus belos e maliciosos movimentos. Ponto para a trilha
sonora de Carlinhos Brown.
Vale
ressaltar a beleza e o desempenho de Ana Cecília Costa, atriz
baiana, encarnando Dalva, mulher que está em decadência e revigora
quando Gato, que pertence ao bando, entra em sua vida.
A direção
é de Cecília Amado, filha de Paloma e neta de Jorge Amado. Vale a pena ser visto nas telonas. Brasil / 2011.
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