O Eterno Estilo Tão Particular de João Gilberto

Foto/Imagem: Divulgação

Nascido João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira (1931-2019), conhecido como João Gilberto, tornou-se referência mundial como cantor, violonista e compositor.

Natural de Juazeiro, sertão da Bahia, desde menino percebeu que tinha ouvido privilegiado para a música e na adolescência ganhou seu primeiro violão do pai.

Pelos idos de 1950, foi convidado para integrar o conjunto vocal Garotos da Lua e partiu para o Rio de Janeiro. Desde então, em 1952 teve oportunidade de gravar um disco solo para Gravadora Copacabana e em 1957 procurou mostrar sua nova técnica a Roberto Menescal, que abriu as portas e por Ronaldo Bôscoli e Nara Leão. Aproximou-se de Tom Jobim (Odeon) que se encantou com a batida de violão e vislumbrou a oportunidade de modernização do samba.

Passou a ficar conhecido no meio musical carioca ... em 1958 João acompanhou Elizete Cardoso ao violão nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez. Lançou um disco gravado pela Odeon, inaugurando a Bossa Nova. Concluiu em 1961 a trilogia de álbuns que apresentava a Bossa Nova ao mundo: Chega de saudade (1959) O Amor,O Sorriso e A Flor (1960) “João Gilberto” (1961).

Inovou com uma sonoridade moderna e com seu jeito de cantar e revolucionou a música brasileira ao criar uma nova batida de violão com influências do jazz para tocar samba, virando uma nova bossa.

Particularidades a parte, como o uso de dois microfones para gravar, sendo um para a voz e outro para o violão. Influenciou arranjadores, guitarristas, músicos e cantores.

Reverenciado pelo público e elogiado pela crítica, mudou o rumo da música brasileira e influenciou gêneros musicais, como Tropicália, MPB e outros internacionais.

A MPB perdeu um de seus maiores gênios que deixou um grande legado que vem perpetuando através de gerações ...

 “Vai minha tristeza

   E diz a ela

   Que sem ele não pode ser” ...