sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RETRATO DE UMA VIDA – FRIDA KAHLO










FONTE:  GOOGLE


O que eu pinto é a minha realidade. Pinto o que passa por minha cabeça sem maiores considerações.”
                                                            (Frida kahlo)

Mito. Enigma. Força. Emoção. Dor. Superação. Resignação. Fixação. Autoimagem … essas são algumas palavras que definem a vida e o comportamento de uma importante artista do Séc. 20, a pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954), nasceu Magdalena Carmem Frida Kahlo Calderón no subúrbio de Coyoacán. Conheceu a dor desde cedo, aos seis anos contraiu poliomielite que a deixou com o pé direito atrofiado. Passou por vários problemas de saúde e foi durante o período de convalescença que descobriu a arte e se motivou com a ajuda de um cavalete construído especialmente para que pudesse pintar deitada, encontrando na pintura a razão de seu viver e o conforto para o seu sofrer.

Desde seu primeiro quadro pintado evidenciou que o objeto de sua obra seria ela mesma. “ … eu pinto-me porque sou o assunto que conheço melhor...”, dizia Frida. Assim como sua vida, sua arte sempre foi marcada pelos excessos ... de cor, de dor, de angústia … pintava a própria realidade, as experiências pessoais e os aspectos dolorosos. Transformou como ninguém o feio em belo e o sofrimento em resignação, marcando seu estilo extravagante e singular. Essa relação apaixonada e próxima com a realidade que a cercava, esse processo de reconstrução é que a tornou única e especial e expôs isso ao mundo.

Teve como característica marcante a vaidade, gostava de se arrumar com cores vivas e chamativas e de se pintar. Tinha consciência do poder de sua imagem e não teve vergonha e nem medo de se expor, tinha uma verdadeira fixação por seu autorretrato, amplamente difundido através das pinturas e fotografias.

Influenciou o mundo das artes, adotou temas do folclore e da arte popular do México. Deixou marcas profundas no mundo da moda, inspirou alguns estilistas, especialmente os franceses através de trajes e vestes mexicanas e indígenas bem alegres, coloridas e cheias de adornos. Ditou seu próprio estilo através das calças compridas masculinas e depois as longas e exóticas saias para esconder os defeitos físicos, tornando sua marca pessoal. Com o pai aprendeu a fotografar e com a mãe herdou o hábito de vestir-se em trajes típicos. Fascinou os olhos do mundo.

Na vida pessoal teve uma relação turbulenta e complicada com o muralista Diego Rivera, seu grande amor, vinte anos mais velho que ela. Casaram-se duas vezes.

Era engajada na política de seu país e teve amigos influentes como Joseph Stálin e Leon Trótski.

No México existe o museu Frida Kahlo – La Casa Azul ou A Casa Azul onde a artista nasceu, viveu e morreu aos 47 anos de idade. Construiu um acervo de aproximadamente 200 obras, a maioria autorretratos. Atualmente seus quadros tem destaque e prestígio nos museus mais importantes do mundo e são valorizados e disputados por colecionadores no mercado internacional de artes.

Enfim, Frida teve a capacidade de ser um artífice de sua própria imagem e se propôs a perpetuá-la através das artes, confrontando-se com seus limites e introduzindo uma estética diferente da beleza tradicional. Sua personalidade singular foi levada para as telas do cinema e mais de cem livros foram escritos sobre ela. Representou simbolo do feminismo, da liberdade de expressão e consagração com suas marcas de exotismo, ambiguidades e excentricidades. Única.




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