Ao relembrar o
inesquecível Nelson Rodrigues e a
série da televisão baseada em suas obras “A Vida
Como Ela É”, não posso deixar de refletir e comparar com a atual telenovela
Avenida Brasil.
Vejo como um retrato
fiel e até mesmo cruel do ser humano, através de suas ações e pensamentos
refletidos em cada personagem.
A telenovela mostra o
que as pessoas não querem ver, desnuda o lado perverso e desalmado do ser
humano, o lado mau, o lado real. Daí o sucesso diário de público ao longo
desses oito meses.
Chega!!! O público se
cansou de ver mocinhos X mocinhas. A vida não se faz somente de tipos (en)quadrados
e nem de tipos politicamente corretos.
A vida se faz também de
tipos depravados, pervertidos, corruptos, desumanos, de índole perversa, de mau
caráter, aproveitadores e oportunistas, tais os exibidos no tapete transparente
da telenovela.
A vida se faz das
espevitadas Suelen’s, das Soninha’s Catatau, das batalhadoras Monalisa, do
trio das fúteis e peruas Noêmia, Verônica e Alexia, das vilãs Carminha e seu
instinto nocivo, das sofredoras mães Janaína's, das vingativas e determinadas Nina's,
das ingênuas e bobocas Ivana's, enfim, de
personagens reais frios e calculistas.
No universo masculino,
a vida se faz também do fogoso e incansável Cadinho, do ingênuo e boa fé Tufão,
do bon vivant Leleco, do infantil
Adauto, do preguiçoso e canalha Maxwell, do perturbado Jorginho.
Enfim, para elencar
todos os elementos que compõe a vida não basta assistir a ficção, mas examinar ao
nosso redor e ampliar o olhar de observação e verificar que o mundo é mesmo cruel
em suas diversas formas de manifestações, até mesmo a humana. E para ser
pessimista, diria que tende a piorar. Será???????????????????????
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