No ano de 1950, após a
2ª Guerra Mundial, o marinheiro Freddie Quell encarnado com competência por
Joaquim Phoenix, traumatizado pelos combates e sofrendo de ansiedade e ataques
de violência, fica perdido e tenta refazer a sua vida. O acaso vai interferir colocando no seu caminho o
guru Lancaster Dodd representado com habilidade por Phillip Seymour Hoffman.
Conhecemos o sofrido
Freddie Quell, sujeito problemático que não consegue se readaptar ao mundo e a
rotina normal, nem ter um emprego e nem criar vínculos afetivos por causa dos
ataques de transtornos de estresse pós traumático da guerra e do descontrole
dos seus impulsos sexuais. Então, a sua mente perturbada e o alcoolismo
buscam alívio e encontram um caminho num culto religioso liderado pelo “mestre”
Dodd.
Percebemos em Dodd uma
figura carismática, manipulador e de temperamento forte e explosivo, líder de
uma seita religiosa conhecida como “A Causa”, centrada em vidas passadas, cura
espiritual e no controle de si mesmo. Vê na regressão a forma de superar os
traumas, não só do passado como de outras vidas.
Ambos vão passar por
experiências que vai mudar a vida deles individualmente e de forma diferente. A
falta de rumo de Freddie fará com que ele se envolva cada vez mais com Dodd e
sua esposa Peggy (Amy Adams) através de suas ideias e Dodd vai usar Freddie
como cobaia para suas experiências hipnóticas e suas viagens da consciência através
do tempo.
A história explora a psiquê
dos personagens e foca nos seus conflitos internos, um mergulho na essência
humana.
O longa se inspirou na
história de L. Ron Hubbard criador da Cientologia. Escrito e dirigido por
Paul Thomas Anderson, lê-se Sangue Negro (2007).
EUA / 2012.
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