É uma
comédia deliciosamente inteligente, criativa e bem humorada que se
passa em Buenos Aires e traça três paralelos que se distinguem
entre si, mas que fazem conexão entre a vida de dois vizinhos que
não se conhecem e tem muita coisa em comum, a arquitetura das
grandes cidades e a vida urbana moderna.
Aos
poucos vamos conhecendo Martin (Javier Drolas), rapaz solteiro, designer de sites, aficionado e dependente de computador, vive
plugado em sites de relacionamentos e faz sua vida em cima da
Internet, desde os pedidos de comida até as mais variadas compras.
E Mariana
(Pilar López de Ayala ), arquiteta, trabalha como vitrinista, ou
seja, monta e veste os manequins para decorar a vitrine de uma loja
de roupas. Ah! tem fobia por elevadores, o que transtorna
sobremaneira a sua vida, sem esquecer também que está saindo de um
relacionamento de quatro anos.
E o outro
personagem é a própria cidade e sua arquitetura, dentro do contexto
urbano é projetada , delineada e construída para que as pessoas
vivam afastadas e em isolamento, como as medianeras, título
também do filme.
A história é simples, montada em cima desses jovens solitários que
moram bem próximos, mas nunca se encontram e tem como pano de fundo a
vida moderna de uma grande cidade, responsável pelos problemas dos
dois, daí, o espectador viaja na esperança de que algo de bom
aconteça entre eles e que possam juntar as solidões e compartilhar
os sentimentos e dificuldades juntos.
O filme agrada muito, é divertido, atual e se inspira na solidão
intrínseca do ser humano, principalmente nessa era virtual, além
dos belos passeios por Buenos Aires com sua arquitetura cheia de
irregularidades estéticas.
A direção e o roteiro são assinados por Gustavo Taretto. ARG / ESP /
ALE / 2011. Trilha sonora incrível. Ganhou os Prêmios de Público
da Mostra Panorama do Festival de Berlim e no recente Festival de
Gramado. Sucesso de crítica / 2011. Vale a pena conferir.
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