O filme
conta a história de um gerente de RH (Mark Ivanir) de uma grande
panificadora em Jerusalém que recebe a árdua missão de impedir a
publicação em um jornal de circulação uma matéria sobre a morte
de uma funcionária, o que pode difamar a reputação da conceituada
panificadora.
Tudo
acontece quando o gerente recebe a notícia sobre a morte de Yulia
Petracke, uma imigrante romena, engenheira que trabalhava na área da
limpeza e que morreu em circunstâncias trágicas, ou seja, vítima
de um atentado terrorista pelo conflito árabe-israelense da região.
Só que foi encontrado junto ao seu corpo, o recibo do pagamento de
último salário, o que gerou severas criticas com relação a
empresa que foi acusada de não se importar com os seus
funcionários.
O então
gerente é convocado para assumir as investigações e descobre que a
moça já tinha sido demitida a um mês, sequer o departamento de recursos humanos sabia. No entanto, no seu encalço, há um
jornalista sensacionalista Weesel (Guri Alfi) que está acompanhando
todos os passos da suposta investigação e não dá sossego ao
mesmo.
O gerente fica
encarregado de descobrir a identidade da funcionária, reconhecer o
corpo e os pertences da vítima, repatriar o corpo, acompanhar e entregar aos
familiares na Romênia. Chegando lá, o gerente procura os parentes
para contar a triste notícia e é a partir desse momento que o
espectador percebe as mudanças que vão ocorrendo nele, ou seja, essa
carga de acontecimentos e emoções fez renascer a sensibilidade que
estava adormecida no seu íntimo, fazendo-o reconciliar-se com as próprias emoções.
O filme
traça um paralelo da vida do gerente em dois níveis: o pessoal que
está em crise no casamento e precisando rever a relação e a
presença na vida da sua única filha e o profissional que ocupa uma
função que não gosta e não se adapta.
O longa
israelita possui um ritmo lento e pesado, compatível com o enredo e
traz a tona os sentimentos humanos, a cultura e a visão sobre
Israel, passeando pelas místicas ruas de Jerusalém até as terras geladas da Romênia. Muito interessante.
A
produção foi adaptada do livro “A Mulher de Jerusalém” do
escritor Abraham B.Yehoshua e a direção é
do cineasta israelense Eran Riklis, lê-se, A Noiva Síria (2004) e Lemon Tree (2008), conhecido por filmes de temáticas social e política no Oriente Médio.
A comédia dramática fez parte da Seleção Oficial do Festival de Toronto. França / Alemanha / Israel / 2010.
Curiosidade:
O gerente é Mark Ivanir, ator ucraniano que atuou no filme “A
Lista de Schindler”.
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