Com o Tempo ...

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Com o tempo ...

O gostinho da infância nunca mais será o mesmo. A percepção das coisas e das pessoas muda durante a vida.

O arrepio que sentíamos antes muda com o tempo. Este, o grande mestre da vida. Aceitamos novos gostos, novos sabores, novos dissabores, novos desafios.

Aprendemos curtir o novo, a experimentar novos projetos, novos sonhos, novas desilusões.

Muitas vezes, o que era abominado no passado, pode virar um cenário promissor ou um legume gostoso de comer, graças a motivações mais pragmáticas. Se nos faz bem, até acostumamos.

No adulto, o entendimento da vida, das pessoas e do futuro, cai.

Se a infância é passado, o doce é menos doce. O amargo, oposto ao doce, aliado a coragem de novos experimentos é capaz de transformar o novo em hábito, o careta em sorriso.

Experiências boas ou ruins mudam a maneira como compreendemos a vida. Podemos cultivar mel ou aversão, difíceis de reverter.

Associar o sabor adocicado ao amargo cria uma esperança otimista de futuro que pode ser ou não vivida. O tempo muda a sensibilidade aos gostos.

A vida pode virar um doce sorriso ou um salgadinho amargo.
                                                  (Autora Leyla Albán)

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