A graciosa Amélie Poulain
foi uma menina privada do contato com o mundo a sua volta. Devido ao equívoco
de seu pai, também médico, em achar que o coração da menina tinha uma anomalia
por bater rápido demais durante os exames mensais, fez com que a pequena
crescesse isolada, sem contato com outras crianças e proibida de frequentar a
escola. Triste sina.
Com a morte prematura de sua
mãe e o recolhimento de seu pai, acentuou mais ainda o isolamento dela, vivendo
fantasias, prejudicando a forma de relacionar com as pessoas e ver o mundo já
na idade adulta.
Nessa fase, interpretada com
habilidade e encanto por Audrey Tautou, Amélie decide sair do subúrbio onde vive
e se muda para Montmartre, onde trabalha como garçonete.
Certo dia, ela encontra uma
caixa escondida no banheiro de sua casa, julgando pertencer ao antigo morador,
ela decide procurá-lo para entregar os pertences.
A partir daí, tudo muda. Ao
perceber a reação de felicidade do dono dos objetos, Amélie se impressiona e
começa a enxergar a vida de outra maneira. A partir de pequenas ações, ela
passa a ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos e serem mais felizes. Consequentemente, dá novo significado a sua própria vida. O amor também bate a
sua porta ...
O longa é encantador. Cativa
pelas atuações simples e convincentes de todo o elenco, especialmente da
delicada personagem Amélie Poulain, seja pelos expressivos olhos ou pelas
expressões faciais que dão um toque mágico à ficção.
Seduz pelo enredo poético e
bem humorado. As cores vivas e a iluminação valorizam a fotografia. A charmosa
trilha sonora assinada por Yann Tiersen dialoga com o roteiro. A direção de
arte prima pela decoração e efeitos dos cenários.
O filme se tornou um elogiado
clássico e uma das produções mais vistas do cinema francês.
Dirigido por Jean-Pierre
Jeunet. França / 2001.
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