O filme é um drama sensível
e comovente que se passa numa escola para alunos pré-adolescentes no Canadá que
após o suicídio da professora dentro da sala de aula, abre espaço para a
contratação de um professor substituto.
Surge então, o imigrante
argelino Bashir Lazhar encarnado por Mohamed Fellag que diante das
circunstâncias dolorosas é contratado para preencher a vaga. O professor se
depara com o choque cultural, o preconceito e as dificuldades em se adequar ao
ensino moderno, visto que por aplicar uma metodologia pedagógica mais
tradicional e antiga, revela seu lado mais conservador.
Segundo o mestre, Lazhar
quer dizer “sorte” e Bashir é “o que traz boas novas” (expressão que dá
nome ao longa), sugerindo que a medida que o tempo passa, Lazhar vai conquistando
a confiança da turma, guiando as suas descobertas, confortando as suas dores e
ensinando sobre a vida o que não se aprende em livros.
A narrativa é reflexiva. Sob
o olhar de um estrangeiro, o espectador é convidado a questionar a pedagogia
tradicional e observar valores sem emitir julgamento. A intenção é mostrar o
drama, explorar as dores dos envolvidos e as feridas de um homem marcado pelo passado e pela solidão.
Palmas para as
interpretações das crianças Émilien Néron e Sophie Nélisse que junto com o
protagonista dá força a história.
O longa conquista a plateia pela
simplicidade e sinceridade. Recomendado para todas as idades.
Adaptado da peça teatral de Evelyne
de La Chenelière. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro / 2012. Escrito
e dirigido por Philippe Falardeau. Canadá / 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário