É a cinebiografia da
escultora francesa Camille Claudel (1864-1943), baseada nas cartas de Paul (seu
irmão) e Camille e nos registros médicos da artista, nos últimos 30 anos que
ficou internada no manicômio, até sua morte, aos 79 anos incompletos.
O filme se detém na vida
reclusa de Camille encarnada com habilidade por Juliette Binoche, ao ser internada
pela família num manicômio no sul da França, a completa solidão, o cárcere
privado a que foi submetida, sem nunca mais poder exercer a sua arte.
Nas correspondências
trocadas com o irmão Paul Claudel, interpretado por Jean-Luc Vincent, Camille
retrata a penosa vida no hospício e as dificuldades de ter de conviver com os
internos, seus gritos e expressões, além do total isolamento e abandono.
O propósito é radiografar os
últimos 30 anos e mostrar ao espectador a angústia, o tédio e o sofrimento de
seus dias, silenciada em sua arte, enfraquecida em suas emoções e enlouquecida
em suas ideias.
O longa é forte e cruel,
incomoda e comove. Vale ressaltar o trabalho da direção de arte e as grandes
atuações de Juliette Binoche e Jean-Luc.
Escrito e dirigido por Bruno
Dumont. França/ 2013.
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