A história se passa na
França, 1920, quando a jovem Thérèse Larroque (Audrey Tautou) se casa com seu
vizinho Bernard Desqueyroux (Gilles Lellouche) por interesse, transformando as
terras em uma grande propriedade e aumentando a riqueza das famílias.
Somos apresentados a Thérèse,
garota de personalidade forte, avançada para a época, culta e cheia de ideias.
Tem Anne (Anaïs Demoustier) a sua melhor amiga e confidente na adolescência e o
seu irmão Bernard que o destino vai flechar e unir num casamento arranjado e
sem amor.
No início, Thérèse tenta
adaptar-se a nova vida com serenidade, mas, com o passar do tempo, obrigada a
conviver com uma família conservadora e o tédio de uma vida provinciana, ela se
sente sufocada e sofre as consequências de um casamento sem atrativo e infeliz.
Nesse ínterim, desiludida e
grávida de um filho indesejado, entra em depressão, o que vai minando as suas
forças e sua sanidade, sendo por fim acusada de envenenar seu marido.
O espectador se instiga com
o drama reflexivo e provocante de uma mulher de mente pensante que cada vez
mais se angustia e se distancia de um mundo hipócrita e asfixiante.
Vale ressaltar a bela
fotografia assinada por Gérard de Battista, a cuidadosa reconstituição de época,
ao impecável figurino e ao estilo elegante da narrativa.
Baseado no romance homônimo "Thérèse
Desqueyroux" (1927) escrito por François Mauriac, ganhador do prêmio Nobel de Literatura em 1952.
Vale lembrar que foi o filme
de encerramento do Festival de Cannes/2012. Dirigido por Claude Miller.
França/2012.
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