sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FILME / MOVIE: J. Edgar / J. Edgar

 
É a cinebiografia de John Edgar Hoover (1895-1972), encarnado por Leonardo DiCaprio, um dos responsáveis pela criação do FBI – Federal Bureau of Investigation – que se tornou um homem poderoso, temido e admirado durante várias décadas, administrou o FBI durante 48 anos e deixou um grande legado. Hoover decide então, contar a sua história pessoal que se confunde com a história do FBI e pede para sua secretária (Naomi Watts) que encontre um agente para datilografar a narrativa ...

E essa, faz uso de flashbacks intercalando o passado e o presente para entendermos a trajetória profissional daquele que ocupou o cargo de diretor do FBI durante 37 anos, sustentou-se no poder durante os mandatos de 08 presidentes e a sua vida pessoal, seus segredos e medos e os conflitos com a própria imagem.

Dotado de uma personalidade controversa, amarga e cruel, recheada de preconceitos, inteligente e estratégico, Hoover tinha uma luta pessoal contra o que considerava ameaça a si e ao país, passava por cima de qualquer coisa que estivesse em seu caminho.

O filme não ameniza os aspectos negativos do homem e, sem qualquer julgamento moral, não deixa dúvidas quanto a sua sexualidade.

Voltemos aos idos de 1919, Hoover ainda novo era um agente do Departamento de Justiça e é designado para investigar atentados comunistas contra os membros do departamento. A partir daí, alçou voos até fundar o FBI em 1935, subordinado ao departamento de justiça americano, quando Hoover dirigia o então departamento responsável pelas investigações de crimes federais.

Foram os anos de crimes nos EUA, década de depressão na economia, a lei seca e de bandidos que exerciam admiração e fascínio no imaginário da população, como John Dillinger, Pretty Boy Floyd, Kate “Ma”Banker, George “Machine Gun”, Kelly , Baby Face Nelson, dentre outros, todos foram presos ou mortos pelo FBI sob o comando de Hoover.

A partir daí, criou-se uma áurea de patriotismo inflexível, aversão à desordem, ao comunismo e a qualquer ideal que ameaçasse a integridade dos EUA.

Deixou como legado o uso da ciência nas investigações criminais e a imagem construída sem retoques de ações covardes, histórico de chantagens, perseguições e intimidações e o relacionamento de uma vida inteira com Clyde Tolson (Armie Hammer) que foi o seu vice no FBI e seu grande amor, confidente e conselheiro até o fim de seus dias.

O longa acerta na convincente maquiagem de envelhecimento usada por DiCaprio que dá força e veracidade aos momentos de Hoover mais velho e obeso. Destaque para atuação competente de DiCaprio.

A produção e direção é de Clint Eastwood. EUA / 2011. Vale a pena conferir.

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