É a
cinebiografia de John Edgar Hoover (1895-1972),
encarnado por Leonardo DiCaprio, um dos responsáveis pela criação
do FBI – Federal Bureau of Investigation – que se tornou um homem
poderoso, temido e admirado durante várias décadas, administrou o
FBI durante 48 anos e deixou um grande legado. Hoover decide então,
contar a sua história pessoal que se confunde com a história do FBI
e pede para sua secretária (Naomi Watts) que encontre um agente para
datilografar a narrativa ...
E essa,
faz uso de flashbacks intercalando o passado e o presente para
entendermos a trajetória profissional daquele que ocupou o
cargo de diretor do FBI durante 37 anos, sustentou-se no poder
durante os mandatos de 08 presidentes e a sua vida pessoal,
seus segredos e medos e os conflitos com a própria imagem.
Dotado de
uma personalidade controversa, amarga e cruel, recheada de
preconceitos, inteligente e estratégico, Hoover tinha uma luta
pessoal contra o que considerava ameaça a si e ao país, passava por
cima de qualquer coisa que estivesse em seu caminho.
O filme
não ameniza os aspectos negativos do homem e, sem qualquer
julgamento moral, não deixa dúvidas quanto a sua sexualidade.
Voltemos
aos idos de 1919, Hoover ainda novo era um agente do Departamento de
Justiça e é designado para investigar atentados comunistas contra
os membros do departamento. A partir daí, alçou voos até fundar o
FBI em 1935, subordinado ao departamento de justiça americano,
quando Hoover dirigia o então departamento responsável pelas
investigações de crimes federais.
Foram os
anos de crimes nos EUA, década de depressão na economia, a lei seca
e de bandidos que exerciam admiração e fascínio no imaginário da
população, como John Dillinger, Pretty Boy Floyd, Kate “Ma”Banker,
George “Machine Gun”, Kelly , Baby Face Nelson, dentre outros,
todos foram presos ou mortos pelo FBI sob o comando de Hoover.
A partir
daí, criou-se uma áurea de patriotismo inflexível, aversão à
desordem, ao comunismo e a qualquer ideal que ameaçasse a
integridade dos EUA.
Deixou
como legado o uso da ciência nas investigações criminais e a
imagem construída sem retoques de ações covardes, histórico de
chantagens, perseguições e intimidações e o relacionamento de uma
vida inteira com Clyde Tolson (Armie Hammer) que foi o seu vice no
FBI e seu grande amor, confidente e conselheiro até o fim de seus
dias.
O longa
acerta na convincente maquiagem de envelhecimento usada por DiCaprio
que dá força e veracidade aos momentos de Hoover mais velho e
obeso. Destaque para atuação competente de DiCaprio.
A
produção e direção é de Clint Eastwood. EUA / 2011. Vale a pena
conferir.
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