Para
se ter uma visão histórica do início das bandas e dos blocos de
carnaval de Salvador/Bahia, cujo princípio básico era tocar para o
povo nas avenidas e ruas da cidade que até hoje permanece como
palco e o coração dessa grande folia.
O
carnaval é a mais pura manifestação do patrimônio da cultura
baiana. A espontaneidade, a alegria e a diversidade são sinônimos
desta mega festa.
A
partir de 1950 o trio elétrico foi um meio que o povo encontrou para
disseminar alegria. Já por volta dos anos 1960 e 1970 o povo foi para o meio das
ruas, brincando e tornando a festa verdadeiramente popular.
Os
blocos de trio apareceram por volta de 1978 com o Camaleão e de lá
pra cá só cresce esse mercado andante altamente competitivo e
rentável. Um fenômeno!!!
A
criação e a fonte de inspiração carnavalesca deve muito a
cinematografia, que vem desde os anos de 1920, mas só começa a
entrar no carnaval no fim dos anos 1940. Os blocos baianos se
espelharam nesse universo de magia e no apelo visual das fantasias para reproduzir nos blocos.
Vemos,
então, por ordem cronológica o movimento dessa equação de
diversidade, que centra até hoje no princípio da pluralidade. É
um verdadeiro êxtase de uma máquina que não para, não cansa, não
desanima, só aglutina.
Vejam
um pouco do histórico dessa “varanda da alegria”:
1894
– Surgem os afoxés com os ritmos das batucadas
1900
– Surgem os bailes de máscaras com as marchinhas e bandas de
sopros
1947
– Criação do bloco Arranca Toco que depois passou a se chamar
Mudança do Garcia
1949
– Criação do afoxé Filhos de Gandhy
1950
– Dodô e Osmar criam a Fobica que se apresentava com
guitarras elétricas e amplificadores
1960
– Surgem as “mortalhas” contrastando com os Pierrôs e
Colombinas
1962
– Surge Os Internacionais
1964
– Bloco do Jacu
1970
– Surgimento dos blocos
1972
– Movimento da Tropicália – Caetanave
1974
– Surge o bloco afro Ilê Aiyê
1975
– 25 anos de Trio Elétrico
1978
– Surge o Camaleão
1979
– Fundação do Olodum
1981
– Surgem os blocos afro Muzenza e Ara Ketu
1985
– Lançamento do “Fricote” por Luiz Caldas e Paulinho
Camafeu dando início ao Axé Music
1991
– Surge o Chiclete com Banana
1992
– Surge a Timbalada
1993
- Surgem os “abadás” - o primeiro bloco a adotar foi o Eva,
comandado pelo Asa de Águia.
1995/96
– Instalação dos camarotes nos espaços públicos
A
partir de 2000 começou a profissionalização dos trios elétricos e
consequentemente essa manifestação do patrimônio cultural da Bahia
como uma inesgotável fonte de alegria e energia.
E
na composição de Moraes Moreira e Armandinho Macedo em “Chame
Gente” ….
"Ah,
imagina só
Que loucura é essa mistura
Alegria, alegria o estado que chamamos Bahia
De todos os santos, encantos e axé
Sagrado e profano, o baiano é carnaval
Que loucura é essa mistura
Alegria, alegria o estado que chamamos Bahia
De todos os santos, encantos e axé
Sagrado e profano, o baiano é carnaval
No
corredor de história
Vitória, Lapinha, Caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias
Escorre o sangue e o vinho
Pelo mangue Pelourinho
Vitória, Lapinha, Caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias
Escorre o sangue e o vinho
Pelo mangue Pelourinho
A
pé ou de caminhão
Não pode faltar a fé
O carnaval vai passar
Na Sé ou no Campo Grande
Somos os Filhos de Ghandy
De Dodô e Osmar
Não pode faltar a fé
O carnaval vai passar
Na Sé ou no Campo Grande
Somos os Filhos de Ghandy
De Dodô e Osmar
Por
isso chame, chame, chame, chame gente
E a gente se completa
Enchendo de alegria
A praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, enxame, enxame de gente
E a gente se completa
Enchendo de alegria
A praça e o poeta"
E a gente se completa
Enchendo de alegria
A praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, enxame, enxame de gente
E a gente se completa
Enchendo de alegria
A praça e o poeta"
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