É um filme diferente, desafiante, artístico e provocante.
Mexe com o imaginário do espectador que é convidado a penetrar no “Holy Motors”,
traduzindo, “Motores Sagrados" de uma trama bem conduzida e surrealista que dá
vida ao personagem Monsieur Oscar encarnado pelo versátil Denis Lavant.
Somos apresentados a um homem solitário e misterioso chamado Oscar,
cujo trabalho é assumir vários personagens e várias vidas instalado numa luxuosa
limusine branca que circula por Paris e seus arredores, então, ele se
transforma, através de roupas e maquiagens em várias personalidades diferentes
e vive vários contextos também diferentes.
Percebemos que o Sr. Oscar representa a vida através da arte
ou vice e versa, alterna experiências assumindo novas identidades, como a do
mendigo cego e agressivo, o pai vigilante e protetor, um idoso a beira da
morte, um assassino e tantas outras histórias e/ou fantasmas da própria vida.
Quem conduz a limusine é Céline vivida por Edith Scob que
acompanha a “rotina” desse “ator” da vida real que não explica a sua incessante
busca. De que? Pra que?
O filme não está preocupado em responder, muito menos
explicar, o drama não é definitivo, é tudo fantasia, não há interação, não há
emoção.
O longa provoca reações, interpretações e não fecha a
história em nenhum momento, apenas desperta dubiedade de ficção. Não é essencial
entende-lo, basta apreciá-lo.
O filme foi indicado para o Festival de Cannes/2012, tendo recebido
muitos aplausos e criticas, foi considerado como uma das melhores criações
2012.
Escrito e dirigido pelo francês Leos Carax. França/Alemanha /
2012.
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