quinta-feira, 28 de junho de 2012

Um Olhar “Sustentável” Sobre a Rio+20



Em tempos de Rio +20, o soprodeideiasnoar pega carona no encerramento da Conferência para refletir sobre os resultados finais e entrevista Joseh Severiano membro da Fundação Terra Mirim (www.terramirim.org.br) que é uma comunidade ecológica espiritual com ênfase no xamanismo, localizada em Simões Filho, na Bahia.


Na Rio+20, Joseh participou do encontro da CASA - Conselho de Assentamentos Sustentáveis das Américas, que consiste em uma rede que está se formando na América Latina cujo objetivo é agregar experiências e projetos de assentamentos e comunidades sustentáveis, ecovilas, institutos de permacultura, agroecologia, aglofloresta, ecopegagogia, cidades em transição (ecobairros), dentre outras, visando integração e fortalecimento mútuos.

1     1- O que você achou da Rio +20 ?

R-  A Rio +20 agregou uma diversidade de encontros e eventos que aconteceram no Rio de Janeiro durante este período, em paralelo ao evento oficial promovido pela ONU, que reuniu delegações oficiais e chefes de Estado. Foi uma grande quantidade de grupos e pessoas da sociedade civil se apresentando, reunindo-se, buscando articulações, em diversas áreas, tais como: ambiente, economia e redes solidárias, tecnologia, política, grupos étnicos, religiosidade, redes virtuais livres, agricultura, cultura, educação, dentre outros.
O encontro da sociedade civil na Rio+20 ocorreu em face da possibilidade de empoderamento e fortalecimento de projetos e redes diversas, do encontro entre irmãos e irmãs no mundo com objetivos comuns, ou seja, a busca da transformação da sociedade, em seus amplos níveis. Esses encontros foram pouco divulgados na mídia. Ao contrário da sensação de pouco avanço que ficou do encontro oficial, aquele mais amplamente divulgado, a percepção e sentimento é que realmente temos que agir e nos unir. 


2       2-   E qual a visão de futuro?

R- É a possibilidade de ampliação dos vínculos dos vários grupos, visando um bem maior para si e para a humanidade. Atuar em seus lugares, cidades, mas também em redes, num nível nacional, global. O compromisso maior é com o coração da Terra.


3      3- E o amadurecimento desses grupos?

R- Percebe-se que já está acontecendo, já existem grupos que estão vivendo novas possibilidades sociais, econômicas e políticas, etc., ou seja, saíram do estágio de questionamento e já atuam na prática, forçando os governos a adotarem realmente a sustentabilidade, a solidariedade, etc. de forma efetiva.


4      4- Valeu?

R- Totalmente.  Não só pela possibilidade dos encontros como perceber que já existem instrumentos e ferramentas disponíveis, seja econômica, social, política, técnica para vivermos de uma maneira mais sustentável e solidária. A sensação é de que agora, mais do que nunca, é um momento de compartilhar, de se articular para fortalecermos o que acreditamos e nos apoiar mutuamente. Este, por exemplo, é o objetivo da CASA, a rede que faço parte.


5     5-  Qual o grande desafio?

R- Dizer sim para esses instrumentos e articulações e tentar influenciar os líderes políticos e as instâncias hegemônicas do mundo a romper com as antigas e atuais estruturas de poder. São sonhos. Mas, os sonhos se realizam assim, no dia a dia, fazendo, criando...


O soprodeideiasnoar abre espaço para avaliar os avanços desse mega Evento e ampliar os olhares nas perspectivas futuras do nosso planeta.

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