A 40ª edição do Festival de Cinema
de Gramado, no Rio Grande do Sul, realizado de 10 a 18/08, cuja
cerimônia ocorreu no Palácio dos Festivais
foi palco de muitas homenagens e momentos significativos e decisivos para a
história e afirmação da arte cinematográfica no Brasil.
Gramado passou a fazer
parte do cenário do cinema nacional em janeiro de 1973, quando o Festival
Brasileiro de Gramado foi oficializado pelo Instituto Nacional de Cinema.
A primeira edição
surgiu da união da Prefeitura Municipal de Gramado com a Companhia Jornalística
Caldas Júnior, a Embrafilme, a Fundação Nacional de Arte e as Secretarias de
Turismo e Educação e Cultura do Estado. O festival é o segundo mais antigo do
Brasil.
A criação da estatueta
do Kikito, o “Deus da Alegria” foi de Elizabeth Rosenfeld, grande incentivadora
do artesanato da região.
O criador do Festival de Cinema de Gramado foi Horst
Volk que
não se intimidou com as dificuldades e em janeiro de 1973 realizou
a primeira edição do Festival de Cinema que considerava fundamental a
valorização do cinema brasileiro.
Na primeira edição,
foram distribuídos apenas cinco Kikitos.
O prêmio de melhor filme foi para “Toda Nudez Será Castigada”, de Arnaldo
Jabor.
Segundo Volk, nos anos
seguintes o crescimento e a visibilidade do Festival de Cinema de Gramado foram
fundamentais para a evolução da própria cidade, que, até então, era conhecida
por alguns cariocas como “Gramacho”.
Ressaltou sobre o início do evento, momentos marcantes, dificuldades e o
significado da 40ª edição.
A abertura se deu com a exibição do novo longa de
Fernando Meirelles, 360. A narrativa conta nove histórias interconectadas que
retratam os relacionamentos no séc. XXI, passando por vários locais.
O crítico de cinema Rubens
Edwald Filho integrou a nova curadoria do Festival de Cinema de Gramado.
Rubens Edwald Filho. Foto: Divulgação |
O jornalista e diretor Arnaldo
Jabor compareceu
ao Palácio dos Festivais para a exibição do filme Toda Nudez Será Castigada, o primeiro
longa a vencer o Festival de Cinema de Gramado. Após a exibição, foi
homenageado com o Troféu Eduardo Abelin. “Estou felicíssimo de receber
homenagem desse Festival que nasceu da raiz do cinema brasileiro. Estou
emocionado… 40 anos passam muito rápido!”, afirmou Jabor.
Ele também comentou as
transformações passadas não só pelo cinema, mas também pelo próprio mundo: “É
um excesso de informações. Afinal, qual a real expressão disso tudo? Para onde
vamos?”. Mais especificamente sobre o Brasil, fez uma revelação. “Não digo isso
na TV, mas o Brasil está melhorando. É o país do futuro”, acrescentou Arnaldo.
Arnaldo Jabor. Foto:Divulgação |
Homenagem especial
para atriz Betty Faria que foi
aplaudida no tapete vermelho e recebeu o Troféu Oscarito pelas suas contribuições para a história do cinema no
Brasil.
Betty Faria. Foto:Divulgação |
O diretor Roberto Farias também foi chamado ao
palco para receber o Troféu Oscarito, prêmio dedicado a grandes atores do
cinema brasileiro.
Carlos Kroeber foi
eleito o melhor ator por “A Casa Assassinada”, e Darlene Glória foi consagrada
como melhor atriz por “Toda Nudez Será Castigada”.
Os prêmios especiais
ficaram com Antônio Carlos Jobim, pela música de “A Casa Assassinada”.
A imprensa foi
lembrada e agraciada como a grande incentivadora e divulgadora do cinema
brasileiro no país, aproximando também do cinema latino-americano, promovendo
mostras fora de concurso e mostras informativas que trazem títulos da
Argentina, Peru, México, Venezuela, Colômbia e Cuba, dando um grande salto
cultural na história do país.
O evento foi solidificado
com a participação de mais de 170 mil visitantes. Confiram abaixo a lista dos vencedores:
Melhor Desenho de Som - "O Som ao Redor"
Melhor Trilha Musical - "Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!"
Melhor Direção de Arte- "Colegas"
Melhor Montagem - "Jorge Mautner – O Filho do Holocausto"
Melhor Fotografia - "Jorge Mautner – O Filho do Holocausto"
Melhor Roteiro - "Jorge Mautner – O Filho do Holocausto"
Melhor Atriz - Fernanda Vianna de "O Que Se Move"
Melhor Ator - Marat Descartes de "Super Nada"
Prêmio Especial do Júri - Ariel Goldenberg, Breno Viola, Rita Pokk de "Colegas"
Melhor Longa Júri Popular - "O Som ao Redor"
Melhor Diretor - Kleber Mendonça Filho de "O Som ao Redor"
Melhor Filme - "Colegas"
Júri da Crítica
Melhor Curta-metragem - "Menino do Cinco"
Melhor Longa Estrangeiro - "Artigas, La Redota"
Melhor Longa Brasileiro - "O Som ao Redor"
Longa-metragem Estrangeiro
Melhor Fotografia - "Leontina"
Melhor Roteiro - "Vinci"
Melhor Ator - Jorge Esmoris de "Artigas, La Redota"
Menção Especial - "Vinci"
Melhor Longa Júri Popular - "Artigas, La Redota"
Melhor Diretor - Cesar Charlone de "Artigas, La Redota"
Melhor Filme - "Artigas, La Redota"
Curtas-metragens
Melhor desenho de som – “Casa Afogada”
Melhor Trilha Musical - "Funeral à Cigana"
Melhor Direção de Arte - "Casa Afogada"
Melhor Montagem - "Di Melo, o Imorrível"
Melhor Fotografia - "Casa Afogada"
Melhor Roteiro - "Menino do Cinco"
Melhor Atriz - Sabrina Greve, de "O Duplo"
Melhor Ator - Thomas Vinícius de Oliveira, de "Menino do Cinco"
Prêmio Especial do Júri- "A Mão que Afaga"
Melhor Curta Júri Popular - "Menino do Cinco"
Melhor Diretor - Gilson Vargas, por "Casa Afogada"
Melhor Filme - "Menino do Cinco"
Melhor desenho de som – “Casa Afogada”
Melhor Trilha Musical - "Funeral à Cigana"
Melhor Direção de Arte - "Casa Afogada"
Melhor Montagem - "Di Melo, o Imorrível"
Melhor Fotografia - "Casa Afogada"
Melhor Roteiro - "Menino do Cinco"
Melhor Atriz - Sabrina Greve, de "O Duplo"
Melhor Ator - Thomas Vinícius de Oliveira, de "Menino do Cinco"
Prêmio Especial do Júri- "A Mão que Afaga"
Melhor Curta Júri Popular - "Menino do Cinco"
Melhor Diretor - Gilson Vargas, por "Casa Afogada"
Melhor Filme - "Menino do Cinco"
Os ganhadores do Festival. Foto:Divulgação |
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