segunda-feira, 20 de agosto de 2012

40º Festival de Cinema de Gramado





A 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul, realizado de 10 a 18/08, cuja cerimônia ocorreu no Palácio dos Festivais foi palco de muitas homenagens e momentos significativos e decisivos para a história e afirmação da arte cinematográfica no Brasil.

Gramado passou a fazer parte do cenário do cinema nacional em janeiro de 1973, quando o Festival Brasileiro de Gramado foi oficializado pelo Instituto Nacional de Cinema. 

A primeira edição surgiu da união da Prefeitura Municipal de Gramado com a Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme, a Fundação Nacional de Arte e as Secretarias de Turismo e Educação e Cultura do Estado. O festival é o segundo mais antigo do Brasil.

A criação da estatueta do Kikito, o “Deus da Alegria” foi de Elizabeth Rosenfeld, grande incentivadora do artesanato da região.

O criador do Festival de Cinema de Gramado foi Horst Volk que não se intimidou com as dificuldades e em janeiro de 1973 realizou a primeira edição do Festival de Cinema que considerava fundamental a valorização do cinema brasileiro.

Na primeira edição, foram distribuídos apenas cinco Kikitos. O prêmio de melhor filme foi para “Toda Nudez Será Castigada”, de Arnaldo Jabor.

Segundo Volk, nos anos seguintes o crescimento e a visibilidade do Festival de Cinema de Gramado foram fundamentais para a evolução da própria cidade, que, até então, era conhecida por alguns cariocas como “Gramacho”.

Ressaltou sobre o início do evento, momentos marcantes, dificuldades e o significado da 40ª edição.

A abertura se deu com a exibição do novo longa de Fernando Meirelles, 360. A narrativa conta nove histórias interconectadas que retratam os relacionamentos no séc. XXI, passando por vários locais.



O crítico de cinema Rubens Edwald Filho integrou a nova curadoria do Festival de Cinema de Gramado.


Rubens Edwald Filho. Foto: Divulgação
 
O jornalista e diretor Arnaldo Jabor compareceu ao Palácio dos Festivais para a exibição do filme Toda Nudez Será Castigada, o primeiro longa a vencer o Festival de Cinema de Gramado. Após a exibição, foi homenageado com o Troféu Eduardo Abelin. “Estou felicíssimo de receber homenagem desse Festival que nasceu da raiz do cinema brasileiro. Estou emocionado… 40 anos passam muito rápido!”, afirmou Jabor.



Ele também comentou as transformações passadas não só pelo cinema, mas também pelo próprio mundo: “É um excesso de informações. Afinal, qual a real expressão disso tudo? Para onde vamos?”. Mais especificamente sobre o Brasil, fez uma revelação. “Não digo isso na TV, mas o Brasil está melhorando. É o país do futuro”, acrescentou Arnaldo. 


Arnaldo Jabor. Foto:Divulgação
 
Homenagem especial para atriz Betty Faria que foi aplaudida no tapete vermelho e recebeu o Troféu Oscarito pelas suas contribuições para a história do cinema no Brasil.

Betty Faria. Foto:Divulgação

O diretor Roberto Farias também foi chamado ao palco para receber o Troféu Oscarito, prêmio dedicado a grandes atores do cinema brasileiro.

Carlos Kroeber foi eleito o melhor ator por “A Casa Assassinada”, e Darlene Glória foi consagrada como melhor atriz por “Toda Nudez Será Castigada”. 

Os prêmios especiais ficaram com Antônio Carlos Jobim, pela música de “A Casa Assassinada”.

A imprensa foi lembrada e agraciada como a grande incentivadora e divulgadora do cinema brasileiro no país, aproximando também do cinema latino-americano, promovendo mostras fora de concurso e mostras informativas que trazem títulos da Argentina, Peru, México, Venezuela, Colômbia e Cuba, dando um grande salto cultural na história do país.

O evento foi solidificado com a participação de mais de 170 mil visitantes. Confiram abaixo a lista dos vencedores:

Longa-metragem brasileiro

Melhor Desenho de Som - "O Som ao Redor"
Melhor Trilha Musical - "Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!"
Melhor Direção de Arte- "Colegas"
Melhor Montagem - "Jorge Mautner – O Filho do Holocausto"
Melhor Fotografia - "Jorge Mautner – O Filho do Holocausto"
Melhor Roteiro - "Jorge Mautner – O Filho do Holocausto"
Melhor Atriz - Fernanda Vianna de "O Que Se Move"
Melhor Ator -  Marat Descartes de "Super Nada"
Prêmio Especial do Júri - Ariel Goldenberg, Breno Viola, Rita Pokk de "Colegas"
Melhor Longa Júri Popular - "O Som ao Redor"
Melhor Diretor - Kleber Mendonça Filho de "O Som ao Redor"
Melhor Filme - "Colegas"


Júri da Crítica

Melhor Curta-metragem - "Menino do Cinco"
Melhor Longa Estrangeiro - "Artigas, La Redota"
Melhor Longa Brasileiro - "O Som ao Redor"

Longa-metragem Estrangeiro

Melhor Fotografia - "Leontina"
Melhor Roteiro - "Vinci"
Melhor Ator - Jorge Esmoris de "Artigas, La Redota"
Menção Especial - "Vinci"
Melhor Longa Júri Popular - "Artigas, La Redota"
Melhor Diretor -  Cesar Charlone de "Artigas, La Redota"
Melhor Filme - "Artigas, La Redota"


Curtas-metragens

Melhor desenho de som – “Casa Afogada”
Melhor Trilha Musical - "Funeral à Cigana"
Melhor Direção de Arte - "Casa Afogada"
Melhor Montagem - "Di Melo, o Imorrível"
Melhor Fotografia - "Casa Afogada"
Melhor Roteiro - "Menino do Cinco"
Melhor Atriz - Sabrina Greve, de "O Duplo"
Melhor Ator - Thomas Vinícius de Oliveira, de "Menino do Cinco"
Prêmio Especial do Júri- "A Mão que Afaga"
Melhor Curta Júri Popular - "Menino do Cinco"
Melhor Diretor - Gilson Vargas, por "Casa Afogada"
Melhor Filme - "Menino do Cinco"




Os ganhadores do Festival. Foto:Divulgação



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